.:Data
05/12/2010
.:Local
Hangar110, São Paulo / SP
Chegando no Hangar o que via-se era fila! Fila pra entrar, fila pra comprar! Parece que o público mais velho não corre muito atrás de comprar seu ingresso antecipado, mas mesmo assim não deixaram de tentar ver o mito do punk Jello Biafra! E uma enorme fila para comprar ingresso era maior que os que já tinham.
Após o show do Ratos de Porão, o que fez a casa lotar a sexta, já que também tinham a opção de ir ver no sábado com a abertura do Flicts, não demora muito e as mãos com luvas ensagüentadas aparecem em meio da cortina no Hangar110. Jello aparece vestido de médico, e mesmo sem abrir totalmente as cortinas a banda The Guantanamo School of Medicine começa a tocar a música “The Terror of Tinytown” do atual álbum The Audacity of Hype, o que foi tema maior parte do show, com músicas como “Panic Land” e “Clean As A Thistle”.
Jello é sempre o Jello, louco, caricato, interpretando com gestos as vezes não muito compreensíveis, durante todas as músicas, sentindo as músicas e a loucura do mundo que suas letras políticas criticam. Críticas essas não são dadas somente pelas letras, mas também discursando sobre os temas, em uma mescla de inglês com espanhol. Talvez o esforço pelo espanhol não fosse preciso, porque quando se embaralhava todos torciam para ele voltar a falar em inglês.
Mas como todo fã do Jello Biafra é um fã do Dead Kennedys, e ninguém ia sairia satisfeito sem ouvir um pouco do DK, eles tocaram os clássicos “California Über Alles” que simplesmente trouxe a euforia do público cantando e tentando subir no palco. Depois foi a vez de “Let’s Lynch The Landlord”, que não deixou menor a euforia, e fecharam o show com “Holiday In Cambodia”! Fecharam intencionalmente ou não, mas fecharam, porque no meio da música um incidente: acabou a luz no Hangar110 (e no bairro todo também)! Só ouvia-se o baterista, mas o público não se contentou e cantou bem alto o resto da música toda enquanto no improviso Jello regia como um maestro!
Depois do fim inesperado Jello tentou voltar para despedir-se, mas em meio do falatório, e de até alguns poucos revoltados com a falta de luz, ele não conseguiu!
O show não deixou de ser histórico, ainda mais por esse final, onde mesmo que o público quisesse ouvir a música, tornou-se algo único e inesquecível!
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