O Zona Punk, organizador do show explica:
Curitiba, 19 de Maio de 2008
Chega de palhaçada.
Vamos aos fatos.
Na última sexta-feira, após a interdição policial na casa Opera 1, a produção local, junto com a produção da banda Misfits, conseguiu remarcar o show da banda para a Segunda-Feira, dia 19 de Maio de 2008.
Segundo a própria banda, eles só toparam fazer este novo show pois havia gostado do trabalho da produção local e por que queria honrar compromisso com o público de Curitiba.
Ficou acertado com a banda então o novo show, e a casa Opera 1, por ser culpada do adiamento, ficou responsável por tudo, desde a devolução do valor dos ingressos os quais deveriam ser ressarcidos, até a apresentação de toda a papelada regulamentada.
Tudo certo, tudo resolvido, a banda postou em seu site oficial uma nota isentando a produção local e enaltecendo a cidade, pronta para um novo show.
No dia seguinte, sábado, a produção local e da banda correu atrás de todos os tramites para que o show ocorresse, incluindo ai pagamento extra de hotel, passagens, som etc.
No próprio sábado fomos ao Opera 1 pegar dinheiro com seu responsável, o Sr. Osmar P. Martins, afim de cobrir alguns custos extras. No domingo, o Opera 1, assim como no sábado, estava aberto, ocorrendo um show, com um público satisfatório inclusive. A produção voltou à casa afim de pegar mais dinheiro para os custos extras e verificar a papelada a qual provaria que a casa estaria regulamentada para o show de segunda.
Por que o show foi remarcado no próprio Ópera 1 se o mesmo já havia dado problema? Pelo motivo de que, sendo a casa responsável pelo adiamento, ela teria de arcar com os custos de uma nova apresentação, além é claro que, após a visita policial na sexta, seria óbvio que tudo seria regulamentado para o show de Segunda-Feira.
Voltando. No domingo, primeiramente o Sr Osmar nos atendeu e alegou não ter dinheiro. Após outra visita no final da apresentação do dia, o mesmo não se encontrava no local. Ele foi esperado até por volta das 01:00am, e não compareceu. Segunda-Feira. A banda chegou em Curitiba após o almoço, foi hospedada, e a produção seguiu ao Ópera 1 para ajustar o som e preparar o equipamento para a passagem de som da banda.
Por volta das 17:00, o Sr. Osmar P. Martins apareceu no local, logo em seguida a banda para a passagem de som. O Sr. Osmar foi indagado sobre a papelada da regulamentação, porém antes de apresenta-la, foi resolver um problema na iluminação do local.
Após uma hora, ele retornou e foi levado a seu escritório. Lá alegou que a policia não retornaria. Foi questionado quanto aos papéis e alegou que não haviam papéis, que o presidente e vice-presidente do clube (que não estavam no local) haviam acertado tudo na prefeitura, que tudo isso era política, era resolvido deste jeito. A produção continuou a questionar o fato da casa não ter se regulamentado durante estes dois dias, conforme a mesma prometeu, e com respostas evasivas e superficiais, o Sr. Osmar tentou convencer a produção de que estava tudo ok, que havia uma papelada dos bombeiros e que isso resolveria. A produção ao pedir que o Sr. Osmar apresentasse o material, com o intuito inclusive de afixa-los na portaria do clube, foi nos informado que a polícia retornara ao local. Isso era por volta das 20:30 hrs.
Dois políciais militares, acompanhados de um fiscal da prefeitura chegaram na casa alegando que a casa estava irregular, a mesma história de sexta-feira.
Primeiramente ao ser indagado sobre a pepelada que regulamentaria a casa, o Sr. Osmar alegou que estava trancada dentro da sala da diretoria do clube. Ao ser oferecido o arrombamento da porta para que a papelada fosse pega, a versão mudou, vindo a tona a verdade de que, fisicamente – ou seja, nenhum papel, ou documento, nada – havia sido feito, tendo havido apenas conversasverbais com alguma autoridade que “garantiu” que nada aconteceria.
O público começava a chegar na porta do Ópera 1, e o Sr. Osmar não tinha nada que revertesse a situação. A produção da banda e local ficou de mãos atadas, principalmente por que os policiais alegaram que não haveria show por conta de “ordens superiores” e que não iriam sair dali até que o público dispersasse.
O Sr. Osmar ofereceu que o show fosse transferido de local de última hora, para uma outra casa totalmente desconhecida pelo público, produção e banda. A resposta da banda, obviamente, foi negativa, principalmente pelo fato de ter que desmontar e montar todos seus equipamentos.
A banda retirou-se de volta ao hotel, e a situação foi apertando do lado de fora. O público, totalmente dentro de seus direitos, exigindo o show, a ponto de poder causar transtorno maior do lado de fora do clube, com algum acidente, briga ou quetais.
Quando alertado sobre isso, o fiscal da prefeitura disse que, não iria se responsabilizar por nada que acontecesse fora do clube, e que se dependesse somente dele, ele passaria uma multa para a casa e deixaria o evento acontecer. Porém, a policia, dentro deste quadro, insistiu em sua colocação inicial, de que não haveria show e que estavam apenas fazendo seu trabalho.
Dentro do impasse, a produção da banda Misfits desistiu de realizar o show, perante tal situação que ia além da competência, tanto da banda, quanto dos produtores locais e internacionais.
A certa altura do problema, um policial falou que “alguém tem que ir lá fora e avisar o público que o show não irá ocorrer”. Os responsáveis pela não realização do show – a casa Opera 1 e a policia militar – não se dispuseram a fazê-lo.
Ao ser procurado o Sr. Osmar, não estava mais localizável dentro do recinto, deixando a dúvida se havia ido embora ou se estava em alguma sala do clube.
Enquanto isso, todo o equipamento estava sendo desmontado pela segunda vez por toda a produção e o público sem respostas.
Por volta das 23:00, tudo já havia sido recolhido, a polícia continuava com sua posição, o Sr. Osmar ainda sumido e o algumas pessoas do lado de fora da casa sem respostas ou idéias do que estava ocorrendo ou mesmo como proceder.
A produção local, assim como a produção da banda Misfits, de mãos atadas e sem poder fazer nada para reverter a situação, deixaram o local, afim de esclarecer a todos via mídia o ocorrido.
É triste e revoltante uma produção que envolve mais de 20 profissionais ser lezada por instituições ou pessoas que não respeitam o público.
Desrespeito maior é deixar o público que pagou (caro= – equivalente ao cachê e custos do show) pelo ingresso a ver navios e simplesmente não tomar nenhuma atitude.
A produção local, assim como a produção do Misfits, já estão entrando com todos os recursos legais para receber do Opera 1 todo o prejuízo dos 2 shows não realizados, além de uma ação por danos morais, e acredita que todos que se sentiram lezados desta forma devem buscar seus direitos.
As produtoras foram lezadas, enganadas, ludibriadas e sofreram de má fé por parte de outros, e de qualquer forma se desculpa com o público por infelizmente ter se envolvido com certas partes.
A produção local fez com que o Sr. Osmar P. Martins assinasse um documento onde compromete-se a ressarcir todos os que compraram ingressos para o show que não ocorreu. A devolução destes ingressos seria feita em forma de lotes, com a ZPStore (que tem somente papel de ponto de venda e promocional da tarde de autógrafos) pegando os numeros dos ingressos e repassando ao Opera 1, porém, como nenhum ingresso foi utilizado para ver o show, toda a responsabilidade fica a cargo do Opera 1, que conforme documento em anexo, assume a tarefa da devolução.
Interessados em receber ressarcimento devem procurar o Sr. Osmar P. Martins (RG 3870821-0PR) ou no Ópera 1 (R. Jaime Reis, 313 – Largo da Ordem – Curitiba/PR) ou pelos telefones: 41
84390034 / 41 224-8584.
O público de Curitiba não é palhaço, a banda não é palhaça e os produtores, locais, nacionais e internacionais, também não. Esperamos que todos juntos possamos reaver todos os danos causados por todo este circo.
Faça valer seus direitos, e não deixemos que tal absurdo aconteça novamente em nossa cidade, já tão carente de shows deste porte.
Esperamos que em breve todos tenhamos o respeito que nos é devido, tanto por parte das autoridades como por pessoas que agem de má fé.