.: Bandas
Story Of The Year
.: Local
Casa do Gaúcho – Porto Alegre/RS
.:Por
Carina Silva
Segunda-feira, dia 02 de março, o tão odiado dia de começar tudo de novo, de trabalhar, de estudar e eu numa ansiedade louca para ir correndo para a Casa do Gaúcho em Porto Alegre. Passei o dia todo com os sons do SOTY repetindo na minha cabeça e torcendo para que o set list daqui fosse o mesmo dos shows anteriores no Brasil, queria ouvir as velhas, eu e todos os demais gaúchos, isso era quase uma obrigação dos caras.
Chegamos às 19 horas em Porto Alegre, e acreditávamos que os boatos de que os portões abririam às 20 horas fossem verdadeiros, perdemos a aposta nisso. As portas, ou melhor, a porta da casa do Gaúcho foi aberta às 22 horas, com duas filas separando meninos de meninas, e nem preciso dizer que a fila das gurias ficava na metade da dos guris. Havia pouquíssimas pessoas para um show desse porte, acredito que em média umas 300 pessoas marcaram presença para ver SOTY.
Os shows das bandas de abertura foram corridos, sempre com alguém no canto do palco dando um toque para um último som. A noite começou com a banda curitibana Ayra, que terminou sua apresentação às 22 horas e 50 minutos, e não conseguiu agitar o público, que estava mesmo afim do Story of the year. Logo após veio a Ofel de São Paulo, que conseguiu tirar alguns aplausos da galera, com seus gritos e performances de metal. Depois foi a vez de a banda Belle subir ao palco, por volta das 23 horas e 45 minutos, tocaram quatro músicas, com alguns fãs dedicados cantando e se empurrando contra os seguranças, que estavam agitados tentando segurar a galera sem nenhuma grade de proteção. My soundtracked life foi a última a subir no palco antes do SOTY e agitou legal todo mundo, com certeza a melhor das bandas de abertura, e a que tinha mais a cara do Story of the year, tirando a tentativa fracassada de usar um megafone no início e meio do show, foi a melhor.
Pouco mais de meia noite e chega a hora, pode até ser pouco público para um show desse porte, mas todos que foram queriam muito ver aquilo e eu e meu marido estávamos na primeira fila. Minutos antes de todos subirem ao palco, o guitarrista Ryan apareceu com uma caixa de bombons da Nestlé e saiu distribuindo, tive a sorte de ganhar dois e confesso que ainda não comi um deles, um sonho de valsa. Depois disso, eles finalmente sobem ao palco quebrando tudo com And the hero will drown como abertura, seguida de Falling down e The antidote. A galera foi a loucura e logo no começo do show deu confusão, um garoto se agarrou nos cabos do palco e os seguranças partiram para cima dele, o Adam (baixo) largou o baixo e tentou ajudar, e tudo acabou bem depois que o Dan (vocal) pediu calma e o SOTY seguiu com o show.
Os caras mostraram todo seu repertório de saltos, giros, mortais, guitarras voadoras aos roadies sempre atentos e brincaram muito no palco, com direito a dancinhas do Ryan (guitarrista) com o roadie. Tocaram ainda Our time is now, Anthem of our dying day, Stereo, Wake up e trocaram Black Swan por Take Me. Seguiram com Sidewalks para acalmar um pouco a galera e dar um tempo para respirar. Adam e Ryan sentaram no palco da bateria e o baixista aproveitou para beber uma cerveja brasileira, e foi nesse momento que me jogou um palheta, que está aqui na minha frente agora, junto com a baqueta quebrada do Josh (baterista) que ganhei de um dos roadies.
Para terminar tocaram Welcome to our new war, In the shadows, Until the day i die, Choose your Fate e fecharam com Is this my fate? He asked them para loucura geral. O show do SOTY foi muito mais do que eu esperava, vi tudo que só via por youtube ali na minha frente. A presença de palco mais perfeita que já vi ao vivo, os caras são muito carismáticos, faziam de tudo para tentar entender o que gritavam e pediam para eles e distribuíram palhetas, set list, baqueta e afins. Mas o que achei fóda mesmo, foi o contato com o público, por se tratar de um palco baixo sem grade de proteção, a galera podia tocar, chegar perto e os caras faziam questão disso. A coisa chegou ao ponto de o Dan pegar um chapéu do Grêmio da galera e colocar na cabeça, para delírio da nação tricolor. Consideravelmente um dos melhores shows que já presenciei na minha vida.
[nggallery id=1]