.:Bandas
Adrenalized, Mute, Belvedere e Lagwagon
.:Local e data
27/02/2016 – Carioca Club – São Paulo/SP
.:Resenha
Angélica Nascimento
.:Fotos
Aline Almeida
O festival We Are One trouxe, no dia 27 de fevereiro de 2016, as bandas Adrenalized, Mute, Belvedere e Lagwagon à cidade de São Paulo. O clima de reencontro e confraternização entre velhos amigos tomou conta do Carioca Club, o que sempre se repete quando bandas menos atuais se apresentam aqui.
A abertura ficou a cargo dos espanhóis do Adrenalized, menos conhecidos, porém, não menos competentes. Era a mais nova entre as bandas, por isso a casa ainda estava vazia quando iniciaram o show, mas já se observava alguns fãs cantando ao redor do palco. Não duvido que eles ganhem mais espaço nos music players de muita gente, e quem chegou mais tarde ao Carioca deve ter se arrependido, pois perderam uma excelente apresentação.
Quando Mute subiu ao palco, a casa estava bem mais cheia de fãs ansiosos. A primeira musica foi “Bates Motel”, uma forma perfeita de começar um show, pois até quem não curte tanto a banda, conhece. Esbanjando simpatia, eles comandaram o publico que cantava todas as musicas do começo ao fim e levantava o coro de “Olê,olê,olê,olê, Mute. Mute” . A banda ainda prometeu retornar ao país para a turnê do novo álbum que, segundo os próprios, sai ainda este ano.
De todas as bandas que se apresentaram a Belvedere é minha preferida. Não importa quanto tempo passe, as letras continuam atuais. Os canadenses subiram ao palco, sorridentes por reencontrar um publico que os recebeu tão calorosamente em sua ultima passagem pelo país, no ano de 2012, durante sua turnê de reunião, após o hiato iniciado em 2005.
A loucura habitual dos shows de hardcore tomou conta da galera que subia ao palco para os stage dives, obrigando a banda a dar uma pausa na apresentação para que um fã recuperasse os óculos perdidos no meio do mosh. Em “Two Minutes For Looking So Good” e “Slaves To The Pavement”, foi de arrepiar ver o publico cantando junto.
Para fechar a noite, tivemos os headliners do festival, a Lagwagon, banda clássica do hardcore adolescente norte americano. Nessa hora, quem não aguenta o empurra-empurra teve que se afastar da frente do palco, porque todo o espaço da casa de shows parecia pequeno para suportar a empolgação dos fãs.
“Mal Island Of Shame” começou e o Carioca Club veio a baixo. Apenas na apresentação solo de Joey Cape, o público se aquietou e deixou de dar trabalho para os roadies, mas assim que os demais integrantes voltaram ao palco a euforia retornou junto.
Foi uma tarde de sábado memorável para quem teve a oportunidade de ir ao festival, apenas deixando a desejar no quesito tempo de palco das bandas, porém, é um preço a se pagar em festivais de musica.
.:Galeria