Que festivalsão da porra meus amigos! Eis que no domingo 5 de novembro (2017) o Espaço das Américas (São Paulo/SP) recebeu a segunda edição do festival Rock Station, misturando nostalgia com bandas de peso em um line-up incrível! O dia também comemorava os 32 anos da 89 rádio rock.
Dias antes, quando que foi divulgado os horários das bandas, rolou um estranhamento dos fãs por conta da ordem, já que o Dead Fish seria a penúltima banda antes do Bad Religion, tocando depois das outras bandas gringas. Dead Fish é uma banda que temos várias oportunidades de assistir, mas a escolha da ordem era compreensível por conta do peso dela. O público em sua maioria conhece muito mais os capixabas do que as bandas gringas, afinal era uma festa da 89 e não do público underground.
Sendo assim quem abriu a casa foi o Teenage Bottlerocket chutando a porta do festival. A banda fez um show de peso com sua pegada ramonera e surpreendeu todo mundo. Dos mais fãs, aos que não conheciam os caras só choveu elogios. Domingão, 3 da tarde, e o dia já começa com essa dose de adrenalina! Em certo momento do show o vocalista Ray Carlisle resolver descer no meio da galera, iniciou um circle pit e continuou cantando la do meio! Foi genial! Quem chegou cedo ganhou um puta show.
Na sequência Thiago DJ anunciou o Pegboy! Mas quem entrou foi o Samiam! Haha, a gafe só gerou piadas da própria banda. Ao terminar a primeira música o vocalista Jason Beebout disse: “E essa foi uma ótima música do Pegboy”. Acho que esse foi o show mais nostálgico do festival. Samiam era com certeza a segunda banda mais vista nas camisetas que rodavam ali e muitos foram principalmente por eles. Os caras tocaram 15 músicas entre elas clássicos que fizeram o povo cantar em coro, como “Full On”, “She Found You” e “Ordinary Life”.
Agora sim, Pegboy sobe ao palco! E logo nos primeiros acordes o vocalista Larry Damore já desce do palco e vai cantar com a galera! Assim como fez mais vezes, inclusive dando um mosh! A presença de palco da banda foi incrível e Larry era energia pura do começo ao fim. Não parava quieto para o meu terror e dos demais fotógrafos. A banda que havia tocado aqui em São Paulo no dia anterior chegou com uma propaganda de um ótimo show e fez jus a ela. Mais um show surpreendente do dia!
Rumo ao fim do festival sobe no palco o Dead Fish com a energia de sempre do vocalista Rodrigo mandando logo de cara “Autonomia”, uma das minhas músicas preferidas dos caras. Com certeza foi um dos shows que o público mais cantou junto, embora a qualidade do som estivesse inferior aos shows anteriores. Pelo menos foi a minha impressão perto do palco.
Além do palco principal tínhamos uma área externa com food trucks, ralf de skate e mais um palco, onde 3 bandas ganhadoras de um concurso da 89 tocaram: Malvaletes, PMA Trio e Trankera. Foi difícil conferir esses shows já que os horários eram encavalados com o palco principal, mas vi um pouco do PMA Trio que estavam mandando muito bem. Rolou até um cover muito bem executado de Hüsker Dü. Criaram um ambiente bem legal para comer, beber algo e curtir um som.
Voltando para dentro da casa, os reis da festa! Bad Religion sobe ao palco para o sétimo show dos caras que vejo como fã de carteirinha que sou. E não sei se os caras melhoram com o tempo ou eu esqueço como eles são tão bons ao vivo, mas o show foi perfeito! Começaram de cara com o riff pesado de “Recipe for Hate” e daí pra frente mandaram um dos melhores setlist que pude presenciar. Lógico que sempre vai faltar algo, afinal os caras tem quase 40 anos de estrada e 16 álbuns de estúdio, mas mesmo assim conseguiram revisitar todas suas fases.
Na sequência mandaram a trinca de “Supersonic”, “Prove It” e “Can’t Stop It” que abrem o álbum The Process of Belief e depois fizeram um baile navegando em músicas de diferentes álbuns, novos e antigos. Comemorando quase 30 anos do No Control tocaram 5 seguidas do disco: “Change of Ideas”, “Big Bang”, “Henchman”, “Sanity”, “No Control” e mais tarde ainda rolou “You”. Ainda mandaram sons que ninguém esperava, como “Delirium of Disorder” do Suffer. E para agradar todo mundo tocaram hits como “Generator”, “Infected”, “Punk Rock Song” e finalizaram o show com “American Jesus”.
Bad Religion não decepciona, por isso continuam sendo uma das, senão a maior banda do cenário na ativa. No geral o festival foi perfeito do jeito que nós fãs brasileiros precisávamos. Ótimas bandas, ótimas amizades, um dia memorável!
Confira a galeria de fotos:
Teenage Bottlerocket
Samiam
Pegboy
Dead Fish
Bad Religion
Setlist do Bad Religion: