Fausto Nunes do Radical Karma bateu um papo Guilherme Góes. Confira:
01 – Primeiramente, vocês poderiam falar um pouco sobre o Radical Karma? Como e quando as sementes foram plantadas para este novo projeto?
Fausto: Muito obrigado pelo espaço para falarmos sobre o Radical Karma. A ideia da banda veio na saída do show do Hot Water Music, em dezembro de 2017, quando eu trombei o Bil e ele falou que precisávamos tocar juntos. Eu fiquei muito feliz com essa conversa, ainda mais quando ele disse que ia chamar o Mateus do Chuva Negra. Eu não botei muita fé até que um tempo depois estávamos nos falando pelo whatsapp para acharmos um baterista e fechar o time. Em pouco tempo veio o nome do Fernando Martins (o Chero, do Horace Green/ASTMA) que é um cara que eu piro tocando, que dividiu os palcos comigo e gravou o último material que eu gravei com o Dance of Days. Pouco tempo depois já estávamos ensaiando.
02 – Você consegue lembrar do momento em que pensou que poderia iniciar uma banda junto com integrantes do Zander, Chuva Negra e Horace Green? Alguma coisa te surpreendeu em tudo isso até o momento?
Fausto: Então, eu tive a sorte de ter tocado anteriormente com o Chero em mais de uma banda, inclusive, é um cara que tenho uma afinidade bem grande e eu sabia que um dia voltaríamos a tocar. Já com o Bil e o com o Mateus foi um pouco diferente, eu não imaginava que um dia tocaríamos numa mesma banda. Eu acompanho o Bil faz um bom tempo, tenho cds e camisetas das bandas dele, ao longo dos anos tocamos com as nossas bandas em vários shows, sempre foi um cara que eu admirei muito. Com o Mateus não foi diferente, pois desde que eu ouvi o Chuva Negra pela primeira vez eu pirei na banda. Mas eu não imaginava tocar com eles até o Bil vir com a ideia que se transformou no Radical Karma.
03 – Qual o significado de “Radical Karma”? Quão difícil foi chegar ao nome atual da banda?
Fausto: O Bil veio com a proposta do nome. Ele viu um documentário chamado “Radical” que chamou a atenção dele, e já tinha a ideia de usar a palavra Karma. Aí numa ocasião ele juntou as duas palavras e sugeriu pra gente. Confesso que estranhei no começo, mas fui me acostumando e vendo o nome de uma outra forma, puxando o significado mais pra o que eu estava acostumado, e lembrei do conceito de radical de matemática, de química orgânica, e do conceito de linguística, pensando na palavra como raiz, origem, e aí pirei no nome. Foi ótimo o Bil ter tido essa ideia.
04 – Quais as principais influências musicais neste projeto?
Fausto: o rock alternativo dos anos 90, pegando algumas coisas mais famosas e algumas coisas do chamado “emo 90”. Da minha parte posso citar Quicksand, Elliott, Smashing Pumpkins, Sunny Day Real State. O Mateus tem ouvido algumas coisas mais novas também, como Basement e Violent Soho.
05 – Em termos de música, o Radical Karma será uma soma e mistura dos estilos na qual vocês já estavam envolvidos? Ou a intenção principal do projeto é propor algo novo?
Gabriel: Não queremos estar presos a nada, nem a estilos, nem a rótulos e nem a outras bandas ou projetos que já tivemos ou que ainda temos. É claro que temos personalidades fortes musicalmente e elas vão aparecer de uma forma ou de outro em tudo que fizermos juntos ou separados. No meu caso a voz, por exemplo, sempre vai lembrar algo que eu já tenha feito, mas o desafio e a proposta é sempre tentar e seguir algo diferente, até porque o simples fato de tocar com outras pessoas já cria algo novo. Mas no som a intenção e a nossa idéia inicial é ir pro lado que o Fausto já falou das referências. Tenho certeza de que em algum momento criaremos algo diferente e uma química forte que será o som do Radical Karma e nada mais.
06 – Todos os integrantes da banda fazem parte de outros grupos influentes na cena. A partir de agora, o Radical Karma será o principal foco de trabalho de vocês? As outras bandas irão continuar ativas normalmente?
Gabriel: Eu toco no Zander e o Mateus no Chuva Negra, bandas bem atuantes que rodam bastante e têm também bastante demanda de tempo e agenda. O Fausto e Chero tocam em várias bandas e eu realmente não sei como eles conseguem conciliar tudo, mas na medida do possível estamos conseguindo nos organizar bem, com ajuda do Leandro da Powerline, nosso escritório, para que a gente consiga seguir firme e forte com o Radical Karma e nossos outros trampos também. Nem um deles é o principal, todos são igualmente importantes e o que vale é o que combinarmos dentro da agenda de cada para ser cumprido.
07 – Radical Karma, agradecemos pela oportunidade! Diga algo para nossos leitores.
Gabriel: Muito obrigado pelo espaço. Estamos muito felizes com a boa recepção do nosso primeiro EP e já preparando um segundo para lançar em breve junto com os shows que começam a rolar agora no final de julho. Tem muita coisa legal por vir e nos vemos muito em breve! Valeu!