Depois de 25 anos de batalhas judiciais, as últimas páginas do relatório do governo norte-americano sobre a vida política de John Lennon, na década de 70, foram liberadas ao público.
Meses após a morte do ex-Beatle, em 1981, o historiador Jon Wiener pediu acesso aos documentos ao FBI para ajudar na elaboração de seu livro, “Come Together: John Lennon In His Time”. Jon teve acesso somente a alguns arquivos, já que a íntegra da documentação foi negada sobre o presuposto de que as informações poderiam ser usadas para gerar retaliação política, diplomática ou econômica contra os EUA.
Após ser processado por Wiener em 1997 por negar acesso às informações, o FBI liberou mais um lote de material. Dez páginas, porém, estavam escondidas do público até hoje. Elas mostram que Lennon foi vigiado em 1971 e 1972, e que o artista negou um pedido de ajuda financeira para fundar uma livraria de divulgação de idéias de esquerda no Reino Unido.
“Duvido que o governo de Tony Blair vá lançar um ataque militar aos EUA em retaliação após a liberação destes documentos. Hoje podemos ver que os motivos alegados por 25 anos pelo FBI, de segurança nacional, são absurdos”,comenta o historiador.
Nos anos 70, o então presidente dos EUA, Richard Nixon, pretendia deportar o ex-Beatle que morava em Nova Yorke, sobre acusações de que a simpatia do músico pelo comunismo representava uma séria ameaça ao governo norte-americano.
(Rockwave)