.: Com
Rodrigo Lima (Dead Fish), Capilé (Sugar Kane), Fausto Oi (Dance of Days e Eu serei a Hiena), Pelogia (autor de Diário de Palco) e Sonrisal (Hateen, ex-Street Bulldogs)
.: Shows
H.E.R.O. e Zebra Zebra
.: Local
Estação Jovem – São Caetano/SP
.:Data
22 de agosto de 2009
Sábado frio, chuvoso, nada como dormir até tarde e tomar chocolate quente vendo Caldeirão do Huck né? Não rapaz! E o compromisso com o Hardcore? Sim, eu madruguei as 10 da manhã pra ir até São Caetano, terras nunca antes exploradas por mim! Me perdi um pouco mas cheguei!
O lugar era a Estação Jovem, um espaço para eventos logicamente, direcionados ao público jovem, um lugar bem legal para quem curte skate, futebol, leitura, também com lan e afins! Cheguei bem na hora que o H.E.R.O. ia se apresentar. O quinteto vem aparecendo cada vez mais na cena de São Paulo, e trás influências de do hardcore californiano e nova iorquino. Com som claro, podia ouvir-se bem a banda, inclusive a prefeitura na falta de equipamento apressou-se e comprou tudo novo, dava pra ver os adesivos novinhos nos amplificadores. Os caras tocaram várias músicas próprias, prometeram que em breve sai um EP, e ainda tocaram 2 covers, de Descendents e Face To Face.
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Até então pouca gente compareceu, os “n” fatores terminaram contribuindo pra isso.
Então sobe no palco o Zebra Zebra, banda que está ganhando cada vez mais espaço, com suas músicas criativas e que brincam com a mistura de estilos. Já tinha ouvido algumas músicas no site dos caras, e os caras mandaram bem ao vivo, era possível ouvir claramente as letras das músicas. Começaram com uma música que contava com um músico a mais com um violoncelo, o que depois voltou no fim do show para tocar mais uma. O grande problema do show deles foi uma garoa que começou a cair na hora, que deu uma afugentada na galera, eu aguentei firme e forte lá na frente, o que tava matando mais era o frio, o lugar era no alto, como se fosse uma passarela que atravessava uma avenida, ventinho foda! Mas o Zebra Zebra foi até o fim, tocaram todo seu set, com seus vários instrumentos, que a cada música iam surgindo no palco, e ainda dava pra conversar com o pessoal, e fazer piada! Bom show dos caras!
Agora a vez do debate, então entramos no pequeno auditório, logo deram a idéia de não ficarem sobre o palco, mas sim mais próximos do pessoal para maior interatividade. Sentados estavam nesta ordem, Rodrigo Lima do Dead Fish, Capilé do Sugar Kane, Fausto Oi do Dance of Days e Eu serei a Hiena, Gustavo Pelogia autor do livro Diário de Palco e Sonrisal (que chegou um pouco atrasado) do Hateen, ex-Street Bulldogs e Aditive.
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Pelogia jogou alguns assuntos para serem debatidos, mas no final das contas a galera começou a participar tanto que os assuntos foram surgindo naturalmente. Falaram sobre a experiência de cada um começando a ter banda nos anos 90, como era diferente de hoje com a era digital, onde era tudo mais díficil mas de certa forma mais romântico! Rodrigo e Sonrisal falaram da experiência de estar em uma gravadora. Rodrigo falou de como o Dead Fish relutou para entrar, e como fez a exigência de não tocarem no som da banda. Já o Sonrisal foi indagado por um expectador, que disse que pra ele o Hateen tinha mudado demais com a gravadora, e assumiu que foi uma opção que deram para eles, cantar em português, e eles toparam. O assunto que ficou mais em pauta foi como a música é consumida hoje, com tantas bandas e pouca qualidade. Os emos entraram em pauta, assim como o termo “coloridos”, o que até então não conhecia, termo este dados para estas bandas tipo Cine, Restart… o que a maioria ali não conhecia! Talvez tenha faltado definir melhor os problemas e soluções, mas todo mundo falou bastante como pensava na cena, como o preconceito de bandas de hoje não era diferente em comparação com as bandas dos anos 80 vendo as dos anos 90, como o hardcore tornou cada um uma pessoa melhor, e muito mais, virou um grande bate-papo.
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Foi um ótimo debate, e uma ótima iniciativa do Pelogia com o apoio da prefeitura de São Caetano. Acho que é um tema que devia ser mais conversado, entre as bandas, e quem escuta e comparece aos shows, para entendermos o nosso pequeno mundinho do hardcore, que no final das contas deve ser uma reunião de amigos em busca de boa música.
PS.: Eu não participei, nem interagi, mas depois do show a carona com Capile, Fausto e Pelogia rendeu um bate-papo bônus!
Abraço!
Confira as as fotos do debate por Marcos Bacon, e as do show do H.E.R.O. por mim. Zebra Zebra fico devendo essa!
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