Guilherme Góes bateu um papo com Fábio Joly da banda Analog. Confira:
Olá, Fábio! Obrigado pelo tempo cedido para uma entrevista. Primeiramente, fale um pouco sobre banda para quem ainda não conhece o trabalho.
Fábio Joly: Fala galera! A Analog é uma banda de Santos/SP que está na ativa desde 2008. A história do começo é aquela clássica: os guitarristas (Higa e Paul) se conheceram na escola e depois de um tempo descobrindo sons novos, decidiram juntar com outros amigos para tocar alguns covers de Millencolin, NOFX, No Use for a Name, etc. Nessa mesma época já começaram as composições das músicas que acabaram entrando no EP Idiocracy.
Depois de algumas mudanças na formação, a banda se estabeleceu com o Rafael Higa e o Paul nas guitarras, Aritai Machado (Soulmate/Blackjaw) na voz, Fabio Pupo (Same Flann Choice/Disenteria/Safari Hamburgers) na bateria e Fabio Joly no baixo.
Qual o significado do nome Analog?
Fábio Joly: O nome não possui nenhum significado forte para nós. Após tocar um tempo utilizando um nome já existente (Kickback), foi necessária a mudança. Queríamos um nome curto e que fosse fácil para todos, então escolhemos Analog como homenagem a uma música da banda Strung Out que ouvíamos muito naquela época.
Recentemente, vocês lançaram o primeiro EP “Idiocracy”. Como foi a experiência durante as gravações desse material inédito?
Fábio Joly: A experiência no geral foi muito boa, pois tivemos toda a tranquilidade para gravarmos da maneira que queríamos. Para a maioria da banda era tudo novidade por ser a nossa primeira vez em estúdio, então essa descontração ajudou bastante para chegar ao resultado que queríamos. Ao mesmo tempo, foi meio que um “descarrego” gravar essas seis músicas, pois já tem um bom tempo que as tocamos e queríamos ter esse registro para trabalhar mais nas novas ideias que a banda estava tendo na época.
Você poderia explicar o título do álbum? É um nome bastante interessante. Qual a história por trás dessa escolha? Alguma referência ao filme do Mike Judge?
Fábio Joly: Legal você ter notado a referência ao filme! Assim como o surgimento do nome da banda, o título do álbum veio por acaso. Em algum momento de ensaio, discutindo sobre alguma das nossas letras e tendências ao nosso redor, o nome surgiu como uma piada para darmos risada do que nós mesmos estávamos falando. Como somos bem ligados em filmes de comédia, na hora veio à referência ao filme, fazendo todo mundo rir e decidir que esse seria o nome final para o lançamento.
O EP “Idiocracy” foi gravado no tradicional estúdio “O Beco”. Particularmente, achei bastante interessante. Por que vocês optaram gravar naquele tradicional estúdio da cena da baixada? De alguma forma, isso resultou alterações importantes sobre o resultado final que vocês esperavam para o EP?
Fábio Joly: Nós sempre acompanhamos os lançamentos das bandas que gostamos e ficamos bem animados com o resultado das gravações de vários amigos que haviam trabalhado com o Beco. Sabíamos que teríamos a liberdade para fazermos do nosso jeito e que poderíamos contar com o suporte do Ivan na produção final das músicas. No final, foi bem esse o resultado que tivemos e continuamos satisfeitos com a decisão de gravar no estúdio.
Assim como a grande maioria das bandas da baixada santista, vocês optaram por cantar as músicas em inglês. Qual a principal razão dessa escolha?
Fábio Joly: Essa decisão acabou sendo bem automática no início da banda. Por começarmos tocando covers de bandas gringas, o inglês fluía mais no momento de encaixarmos algumas melodias.
Em dezembro, vocês irão dividir o palco com a banda austríaca nufo. Quais as expectativas em relação a essa gig?
Fábio Joly: Cara, estamos extremamente animados por poder tocar em um show com vários amigos e bandas que admiramos e acompanhamos desde o início. Tocar com a NUFO também vai ser foda por ser um som que representa bastante aquela era 90’s da Europa que nós crescemos escutando e gostamos bastante. Temos certeza que essa data da tour vai ser bem representada pela galera da Blast Music junto ao line up de bandas convidadas.
A banda Analog é bastante ativa na cena da baixada. Atualmente, como você enxerga a cena local? Além disso, você poderia recomendar algumas bandas locais interessantes?
Fábio Joly: O movimento de shows hoje pode não ser aquela coisa de rolar toda semana como já foi bem comum, mas também não podemos reclamar de falta de eventos/espaços ou de pouca variedade de bandas e sons que rolam por aqui. Atualmente a baixada conta com uma quantidade legal de bandas, cada uma partindo pra um lado mais específico de som. Como fica difícil nomear tantos, vou tentar deixar uma lista bem variada de bandas com pegadas de sons distintas que a gente curte e tem encontrado bastante por aí nos shows: Mistanásia, Cavve, Surprise Box, Vesta, Navy Blue, Soul Mate, Three on Never, Blackjaw, Cannon of Hate, SURRA.
O que podemos esperar do Analog no futuro?
Fábio Joly: Mais velocidade! Tanto nas músicas quanto no tempo para lançarmos materiais novos.
No momento estamos trabalhando nas novas composições para lançar um Full [length] em 2019. Como já temos algumas ideias concretas, devemos lançar um single logo no início do ano e continuar as gravações do CD em seguida. De resto, esperamos poder participar do máximo de shows que rolarem conhecer novas bandas, novos lugares e novas pessoas.
Banda Analog, obrigado pela oportunidade! Fábio, por favor, diga algo para nossos leitores. Vemo-nos em dezembro aqui em São Paulo!
Fábio Joly: Valeu galera da Besouros. net pelo espaço e pra galera que tá lendo isso aqui! Acompanhem a Analog pelo Instagram (@analoghc) e pelo Facebook (analoghc) que esperamos ter novidades muito em breve. Para quem está em SP e região: colem no Feeling Music Bar dia 09/12 que o role vai ser foda!