A banda de skatepunk melódico Day Oof irá iniciar sua turnê brasileira na próxima semana. Prestes a desembarcar em nosso pais, o guitarrista Mike bateu um papo com Guilherme Góes e falou um pouco sobre a historia de sua banda, influências e a cena punk rock na Grécia. Confira:
– Olá, Mike e pessoal do Day OOF! Muito obrigado por esse pequeno tempo e espaço para um bate papo. Primeiramente, apresente sua banda para aqueles que ainda não conhecem o trabalho.
Mike: Olá, galera do Besouros.net! Nós somos quatro garotos estúpidos de Atenas (Grécia) e compartilhamos a mesma paixão: músicas rápidas.
Day OOF é composto por: Mike e Nikor nas guitarras, Voof no baixo/vocal e Stoof na bateria.
– Quais são as influências musicais da banda?
Mike: Tudo de bom da cena punk dos anos 90s (Lagwagon, NOFX, Strung Out, Bad religion, AFI, Blink 182 etc). Também temos influências de metal e coisas mais rápidas (Rufio, A Wilhelm Scream etc).
– Qual o significado do nome “Day OOF”?
Mike: O verdadeiro significado de “Day OOF” é: aquele dia na qual não está disposto. No começo, o nome da banda era “Day OFF”, porém, em 2007, houve um grande show ao vivo e nós erramos na grafia em um pôster. Ninguém da banda notou e todas as impressões saíram com o nome errado. Daí resolvemos deixar “Day OOF”, ao invés de “Day OFF”. Ficou mais engraçado desse jeito.
– No próximo mês de junho, vocês irão tocar no Brasil pela primeira vez. Quais as expectativas sobre essa nova aventura? O que o público brasileiro pode esperar de um show do Day OOF ao vivo?
Mike: Até agora, só tocamos na Europa e em nosso país. Nunca estivemos fora do nosso continente. Não há palavras para descrever o quão ansiosos estamos sobre essa aventura! O público brasileiro deve ficar preparado, porque nós vamos levar uma tonelada de energia e vibrações positivas.
– Você já imaginou que algum dia estaria em turnê pelo Brasil? Você sabe, é tão longe de casa…
Mike: Oh, Brasil… Um país tão grande e bonito. Eu sempre ouvi sobre o Brasil desde que criança de coisas como superestrelas do futebol, garotas bonitas nas praias, bandas enormes se apresentando em arenas… E agora vou pousar no Brasil, dividir o palco com músicos talentosos, tocar minhas músicas e conhecer todos vocês. Isso é mágico. É assim que a vida deveria ser.
– Como o Day OOF se envolveu com a Blast Hardcore music para organizar essa turnê?
Mike: No ano passado, postamos uma de nossas músicas e nosso amigo Dalin Focazzio (69 Enfermos) comentou algo dizendo “venham para o Brasil”. Dois meses depois, enviamos uma mensagem perguntando se era realmente possível e ele respondeu “por que vocês não me enviaram uma mensagem antes?” (haha). Estamos muito gratos por ele ter organizado tudo para nós.
– Você poderia nos contar um pouco sobre o processo de gravação do disco “The Black Album”?
Mike: A composição do álbum levou muito tempo e foi repleta de piadas ruins. Para gravar, demorou um pouco menos, mas ainda teve muitas piadas ruins.
– O trabalho anterior “Something To Clean Up Butt With” foi lançado em 2008, e vocês lançaram o “The Vlack album” apenas em 2016. Por que uma espaço de tempo tão grande de tempo entre os lançamentos?
Mike: Infelizmente, todos os antigos integrantes da banda tiveram que se juntar ao exército grego. Isso é obrigatório. Nós perdemos anos frutíferos lá… e depois passamos por algumas mudanças na formação em 2011. Nós seremos mais rápidos com o nosso próximo lançamento.
– Quais foram os “momentos de destaque” na carreira do Day OOF até agora? Você poderia mencionar os melhores momentos que teve tocando nessa banda?
Mike: Há muitos momentos que ficarão comigo para sempre, desde gravar e lançar nossos álbuns ou tocar nossas músicas em lugares que nunca acreditamos que iriamos visitar. Alguns momentos que se destacam são: show de lançamento do “Vlack Album”, a turnê com nossos amigos do The Overjoyed e tocar no Punk Rock Holiday, na Eslovênia.
– Além do Day OOF, algum integrante da banda possui algum outro projeto musical?
Mike: Voof toca em uma banda chamada Onatree. Eles também podem vir ao Brasil algum dia.
– Como é a cena punk rock / hardcore na Grécia?
Mike: Por sorte, temos uma cena que é ao mesmo tempo energética e solidaria. As pessoas que gostam da música vão aos shows, participam e tornam as apresentações em uma experiência divertida.
– Você poderia contar um pouco sobre a vida na Grécia em geral? Estamos curiosos sobre isso, porque imaginamos que esse país possui uma cultura totalmente diferente da nossa.
Mike: Eu nem sei por onde começar (haha).
– A Grécia tem enfrentado uma grave crise econômica por vários anos. Em sua opinião, essa situação ruim de certa forma também afetou o cenário musical?
Mike: Sim, o cenário musical foi afetado pela crise. Mas nós vemos bandas que ficaram juntas e continuaram tocando apesar de todas as dificuldades. É como se a crise os incitasse a continuar.
– Você poderia recomendar algumas bandas legais do seu país?
Mike: Claro!
Qualia and the Five Ancestors of the Great Maryland Kingdom, Wish Upon A Star, Bandage, Despite Everything e The Overjoyed.
– Quais são os planos da banda para o resto de 2019?
Mike: Beber cerveja!
– Mike, acho que já perguntei demais. Obrigado novamente por esta oportunidade. Eu espero assistir a banda ao vivo em junho. Agora, diga algo para nossos leitores.
Mike: O prazer foi meu. Prepare-se Brasil!