Resenha por Guilherme Góes. Fotos por Dayanne Mello.
Após três shows no México e uma rápida passagem por Brasília durante o festival Porão do Rock, o grupo estadunidense Escape the Fate trouxe ao clube The House no último sábado (26/10) seu show especial em comemoração aos 10 anos do disco This war is ours – considerado por muitos fãs como um dos melhores trabalhos feitos pela banda ao longo de quase duas décadas de carreira. Essa foi a primeira apresentação do Escape The Fate na cidade de São Paulo em sete anos.
Às 17hrs, a Rua Rodolfo Miranda já estava tomada por uma fila quilométrica composta por fãs que aguardavam ansiosamente a abertura da casa. Por volta das 20hrs, o espaço foi aberto para o público geral.
Após um pouco mais de 30 minutos de discotecagem interna com clássicos do metalcore e pop punk da primeira década de 2000, a abertura ficou por conta da banda Verohni. O grupo formado por integrantes que residem em diversos pontos da cidade de São Paulo apresentou um som bastante único e interessante, que variava entre o nu metal, hardcore e até mesmo com trap. Entre as músicas do EP “Espelhos” (2015) e do álbum “Verohni” (2018), o público presente reagiu com total aceitação, participando em cada uma das canções e em coros com frases do tipo “Hey, Bolsonaro, vai tomar no c*” junto com os membros da banda durante os intervalos. Alguns dos presentes mais empolgados chegaram a organizar um moshpit durante a execução da música “Cena”. Finalizando, o quinteto fechou a noite com a música “Corpo fechado”.
Seguindo de uma pausa para o público comprar merchs, uma troca no cenário principal e alterações nos instrumentos que contou com a participação do baixista Erik Jensen, uma intro começou a soar nos amplificadores do espaço. Em sequência, os demais integrantes do Escape The Fate subiram ao palco da The House e a banda iniciou o show com a música We Won’t Back Down, continuando a primeira parte do show tocando na íntegra o álbum This War Is Ours. Entre os singles Something, The Floor, 10 Miles Wide e This War Is Ours (The Guillotine II), o público foi à loucura, com muitos fãs saltando no palco, abrindo moshpits e walls of death. Diferentemente do esperado, os integrantes não se mostraram incomodados com os fãs que adentravam no espaço da banda para solicitar “stage selfies”, abraços e até mesmo autógrafos. O vocalista Craig Mabbit participou bastante das brincadeiras com o público e até entregou o microfone para uma garota durante a música You’re so beautiful. Após execução de todas as faixas do disco, a primeira parte da apresentação foi encerrada com a canção It’s just me.
Após alguns minutos, os integrantes do Escape The fate retornaram para um bis. Infelizmente, as solicitações dos presentes para que a banda tocasse as músicas Situations e Not Good Enough for Truth In Cliché foram ignoradas, com a última parte da apresentação sendo composta apenas por recentes singles como: Broken Heart, Empire, Ungrateful e Gorgeous Nightmare. Para fechar a noite de forma definitiva, a escolhida foi One for the money (que contou com a participação do guitarrista TJ Bell durante o solo principal em meio ao público e sendo carregado pelos fãs). Após o término do show, uma garota subiu ao palco e pediu seu noivo em casamento.
O show do Escape the fate na The House mostrou que o sucesso da banda durante os anos 2000 não foi apenas uma febre passageira. Mesmo já sem incluir antigos hits do álbum Dying Is Your Latest Fashion no setlist e com uma reformulação radical em suas composições, o grupo ainda consegue atrair um público relevante e segue conquistando novos fãs.
Confira a galeria por Dayanne Mello: