Resenha por Guilherme Góes. Fotos por Fábio Besouro.
No último sábado, rolou em São Paulo o terceiro show da turnê Inviting light do The Flatliners no Brasil.
O grupo canadense foi formado em 2002 e pode ser considerado um dos principais nomes da cena. Ao longo da carreira, a banda lançou alguns álbuns com uma sonoridade que passava pelo punk rock, hardcore e ska. Em 2017, a banda lançou o álbum Inviting lights, apresentando um som mais voltado ao pop rock, que foi muito bem aceito pela crítica e já é considerado um dos melhores trabalhos da banda. Essa foi a segunda passagem do The Flatliners pela América do sul. Em 2017, a banda fez parte do line up do Maximus Rock festival e dividiu o palco “Thunder Dome” com o Dead Fish, Pennywise e Rise Against.
Inicialmente, esse show iria ocorrer no Rock Together studio, mas devido à alta procura, acabou sendo transferido para a Jai Club. A casa já é um espaço bastante conhecido no cenário paulista, pois abriga shows undergrounds em uma frequência praticamente semanal. Além disso, a casa já sediou outros shows produzidos pela Solid music entertainment como o Mute, No trigger e o This Wild Life.
Por volta das 17h, a calçada do clube e os bares próximos já estavam cheios de pessoas fazendo um “esquenta” para o show e aguardando o horário de abertura. Infelizmente, a banda “Inimigo eu” não pôde participar da gig, resultado em uma pequena alteração no horário do evento.
Às 19h, o CHCL (Chacal) subiu ao palco da Jai. A banda formada em São José dos Campos possui um som bastante influenciado por bandas de rock “noventistas”. Fizeram um setlist composto por músicas do disco Esporra, e também apresentaram músicas do single “Crise” e do split Watershed. Set curto, mas intenso e feito com sinceridade. Com certeza, a banda captou a atenção dos presentes e ganhou o respeito daqueles que não os conheciam.
Foto por Guilherme Góes
Já com a Jai Club em sua lotação máxima e após um intervalo para a troca de instrumentos – que foi feita pelos próprios integrantes da banda –, o The Flatliners começou o show alguns minutos antes das 20h. Iniciaram o show com “Hang my head” – uma das principais músicas do novo álbum Inviting light. Seguiram com “Eulogy” e a animada “Resuscitation of the year”. Sentindo-se totalmente a vontade, o vocalista Chris brincou bastante com o público, afirmado que a banda precisava sentir novamente a recepção calorosa do público brasileiro, embora alguns pensassem que eles jamais iriam retornar ao país. Chris também falou sobre o Maximus festival em 2017, brincando e agradecendo aqueles que preferiram assisti-los no palco Thunder Dome, enquanto a banda sueca Ghost B.C estava tocando em outro palco no mesmo horário. Afirmou também que ter tocado naquele grande festival foi uma ótima experiência, mas que uma turnê em pequenos clubes era necessária para ter uma “noção real” do público brasileiro.
Durante o set, banda apresentou diversas músicas do novo trabalho, porém, clássicos como “Birds of Englands”, “Liver alone” e “Carry the Banner” não ficaram de fora. A banda encerrou o show com “Casket full”. Logo em seguida, eles retornaram para um pequeno bis com as músicas “Wedding Speech” e “Shithawks” (grande decepção para alguns fãs que estavam aguardando a música “Fred’s got Slacks”).
O show foi simplesmente matador. As músicas mais leves do novo disco foram entregues com a mesma paixão e intensidade que a banda canaliza ao executar as músicas mais pesadas e conhecidas dos trabalhos anteriores.
Como o vocalista Chris havia mencionado em nossa entrevista, o The Flatliners realmente terminou o que havia começado no Maximus rock festival!
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