A banda americana Kings of Leon tem várias expectativas em relação ao Brasil, onde o grupo se apresenta como parte do Tim Festival, nos dias 21 (Rio de Janeiro) e 23 de outubro (São Paulo). Mas nenhuma das expectativas do grupo do Tennessee é musical. “Sem querer ofender, mas estou com medo, outro dia li (na revista) Rolling Stone que todo mundo está sendo seqüestrado por lá”, afirma Caleb Followill, o vocalista da banda, durante uma entrevista coletiva dada na capital britânica.
O cantor acrescenta, em tom de brincadeira: “Nossa família não tem dinheiro. Os Strokes, sim, têm dinheiro. Se você quer seqüestrar alguém, vá atrás deles”. No mesmo clima de deboche, seu irmão, Nathan, baterista do grupo, diz: “Somos muito pobres. Não vai adiantar nada nos seqüestrar”.
A segunda expectativa da banda sobre o Brasil é a mesma de vários jovens roqueiros, como eles. “Todo mundo vive falando maravilhas sobre as mulheres de lá, por isso é melhor que elas sejam mesmo isso tudo ou então vou ficar muito decepcionado”, diz Caleb.
Novas músicas
O grupo diz que no momento está criando composições para seu terceiro disco. “Vocês precisam ouvir as novas músicas. São tão diferentes e tão bonitas”, afirma Caleb.
“Há uma música nova cujo refrão não traz uma única palavra, apenas “us” e “as” e todo mundo que escuta fica maravilhado”, diz o cantor, que nem confirmou nem negou a possibilidade de tocar canções inéditas nos shows brasileiros.
A banda diz querer manter a capacidade de soar completamente diferente a cada disco, como afirma ter feito com seu segundo álbum, A-Ha Shake Heartbreak.
O disco foi saudado por público e crítica, que se surpreendeu com a capacidade da banda em ir muito além das raízes country de seu do primeiro trabalho, Youth And Young Manhood.
“Não quero que as pessoas pensem que temos um estilo definido, mas sim que pensem que fazemos grandes canções”, diz Caleb. Seu irmão acrescenta: “Se pudermos manter uma diferença tão grande como a que obtivemos entre o primeiro e o segundo disco, estamos felizes”.
No mais recente disco, eles chegaram até a incluir uma faixa, Day Old Blues, que traz um yodel, o estilo de cantar tipicamente tirolês. “Há uma lenda de que meu avô era um grande cantador de yodel. Procurei reproduzir esse dom, mas acrescentei uma letra à música”, conta Caleb.
(Terra)