A Läjä Records bateu a marca dos 100 títulos lançados entre CDs, DVDs, LPs, livros e compactos, e pra comemorar, lançou um vídeo institucional sob a alcunha de Läjä Cem.
O filme é dividido em duas partes, na primeira como já foi dito, tem um vídeo explicativo sobre a gravadora e na segunda, um apanhado geral (e direto) sobre grande parte das bandas contratadas pela firma do Fábio.
Na parte institucional do filme, Gabriel Barbiere (ex-baixista do Motosierra) e sem sombra de dúvidas, um dos seres humanos mais bonitos da América do Sul, da uma geral na história da gravadora em um espanhol – quase portunhol – com um magnífico e bem pautado monólogo carregado de metas, objetivos, função social, quadro de funcionários e controle de qualidade da empresa, numa edição maravilhosa, cheia de efeitos especiais, e um belíssimo fluxo de imagens; do empreendimento, das bandas e do maravilhoso ancora uruguaio. Nada que a gente não tenha visto em comerciais de TV local – só que – com uma leve/boa vantagem da Läjä, nos quesitos; edição, credibilidade e ancora.
Selos de música que se prezam e entram pra história, possuem identidade – e – identidade, é o que não falta na segunda parte do filme. Com cerca de uma hora de duração, ele mostra uma copilação com imagens das bandas, enviadas pelas próprias bandas, dando uma geral em tudo o que a gravadora lançou desde o seu surgimento no final dos anos 90. Tem desde banda fazendo playback em programa infantil, até cantor de rock psicodélico arrumando treta na Europa com um cofrinho gigante, passando por deliciosos banhos de mar e danças de salão, com os ‘drunk fools’ bebendo loucamente e os ‘true till death’ andando de bicicleta – sempre no embalo – de uma belíssima trilha sonora.
Por mais diferentes que sejam as escolas e as vidas das bandas que fazem parte do cast da Läjä Records, não é difícil ver alguma alguns laços entre elas, no filme, esses laços se transformam em nós sinistramente bem atados, parece um filme da época escolar da rapaziada, parece que todo mundo ali estudou na mesma escola, morou no mesmo bairro e não importa se somos uruguaios, finlandeses, mossoroenses ou canela verde.