Foram só três dias na Argentina, porém o suficiente para o caos que só o Lomba Raivosa, “uma das piores bandas do mundo”, poderia criar. O livro Vomitando em Portunhol resume o que aconteceu de mais incrível na turnê desta banda paulista que resolveu viajar por cidades desconhecidas, para gente que não entende sua língua, em uma turnê organizada por pessoas que eles praticamente não conheciam, pelo simples prazer de tocar e cantar as letras mais nonsenses e divertidas do punk brasileiro.
Vomitando em Portunhol conta os bastidores da mini-turnê, que passou por Villa Gesell, no litoral argentino, Buenos Aires e La Plata, incluindo um show dentro de uma casa, organizado totalmente com contatos via internet, por pessoas que jamais haviam se encontrado na vida.
São 30 páginas que resumem a história da banda, de como a turnê foi organizada, brigas, festas, viagens e detalhes caóticos, que poucas bandas aceitariam contar sem pudor. O livro é o primeiro dos e-books a serem lançados pelo Diário de Palco, que pretende seguir a série com novos lançamentos em 2013. O autor, Gustavo Pelogia, mora em Buenos Aires há um ano e acompanhou a Lomba Raivosa em toda a turnê.
Com histórias como a de um namoro com uma boneca inflável, CDs piratas oficiais, show na sala de uma casa, atropelamento, novos fãs que só entendiam palavras como ressaca, mierda, gonorréia e algumas outras tão sujas quanto, o livro resulta curioso até para quem não conhece o Lomba Raivosa, pois as histórias deste trio são mais cômicas e bizarras do que se pode imaginar.
O livro estará disponível para download no Diário de Palco (www.diariodepalco.com.br) a partir das 14h desta quarta-feira (28) e em breve no Google Books.
Trechos:
“Ao chegar, os moleques piraram: uma bateria e amplificadores espalhados pela sala da casa. O Reject ofereceu a transferência para a garagem ao lado, mas os Lombas estavam muito mais dispostos com a sala. A empolgação deles manteve o show no lugar onde as coisas já estavam.”
“Durante o show, o casal merchandising mais bizarro da história entrou em ação. Trinda foi distribuir os flyers com as letras que a banda tocaria abraçado com Miséria, sua pequena namorada inflável”
Sobre as músicas, a declaração dela ao ser perguntada se havia entendido as letras pode ser mantida em espanhol, que mesmo assim todos irão entender: “más o menos… son terribles, pero esta buenisimo!”. Lola foi a única que pediu autógrafos – até eu assinei, mesmo após explicar que não era da banda.
Entrevistas e mais informações: escreva para gpelogia@gmail.com