.: Bandas
Palco Myspace: Stevens, Tico e o Rebu, Sayowa, Maldita e Brothers of Brazil
Palco Principal: Nação Zumbi, Sepultura, Deftones, Jane´s Addiction e Faith no More
.: Data
Dia 07.11 Sábado – Primeiro de dois dias de festival. Confira a resenha do segundo dia aqui.
.: Local
Chacará do Jockey – São Paulo-SP
Primeiro dia de Maquinária Festival, e a grande expectativa era o Faith no More, banda retornando aos palcos este ano, marcando território em terras brasileiras.
O festival assim como ano passado traz a mistura de estilos em dois palcos com shows muito bem sincronizados. Mas diferente do ano passado que foi no Espaço das Américas, não eram dois palcos de mesmo nível, mesmo tamanho, um era “o palco”, enorme, e o outro patrocinado pela rede-social Myspace era um palco bem menor, e tinha mesmo cara de segundo palco. Tanto que este nem era “presenteado” com a área vip na frente. Já o palco principal tinha uma área vip relativamente grande, que ainda esticava-se a lateral do espaço com grandes tendas. No palco Myspace a maioria das bandas foram escolhidas por voto popular em uma “Batalha de bandas” no site do evento.
Começando pelas bandas que tocaram no palco Myspace, intercalando com os shows do palco principal, Stevens, Tico e o Rebu, Sayowa, Maldita e Brothers of Brazil. Os destaques ficaram para o Maldita, que prendeu a atenção do público, mesmo quem não conhecia, com seu som pesado, e letras por muitas vezes sádicas. Em certo momento convidaram alguma garota da platéia, subiu uma garota de cabelo verde, que pela credencial no pescoço era da imprensa; ela foi acorrentada pelos braços e levada de um lado para outro do palco enquanto rolava a música mais conhecida dos caras “Anatomia”, depois ela se declarou fã da banda. A última banda a se apresentar neste palco foi o Brothers of Brazil, banda de Supla na bateria e vocal e seu irmão João Suplicy violão e vocal, e tocaram músicas do seu álbum PunkaNova e algumas das mais manjadas músicas do Supla, como “Green Hair (Japa Girl)” e “Garota de Berlin”.
No palco principal o Festival começou com as nacionais Nação Zumbi, banda que contínua a saga “mangue-beat” deixada por Chico Science, e o Sepultura. Infelizmente perdi estes shows, já que uma grande desvantagem da Chacará do Jockey é a acessibilidade dentro da cidade! E para completar o transito da região estava pesado, e nos tempos de hoje em são paulo, sábado não é mais fim de semana! Só que para completar outro porém que é uma grande falha do festival, não tinha nenhum estacionamento oficial, e nem não oficiais. Quem ainda tem a comodidade de ir de carro (pois nem imagino como foi pra quem foi de ônibus), sofreu com espaço para parar o carro e preços abusivos dos “flanelinhas” para jogar seu carro em qualquer buraco, preços estes chegando a R$50. Por sorte achei um lugar, na rua mesmo, não muito longe, onde estacionei no segundo dia também, o problema é que essa procura durou mais 40 minutos de atraso.
Chegando com o Deftones já no palco, gritando e sussurrando Chino Moreno levava os fãs a cantarem juntos, fãs esses bem identificados, porque talvez fosse a banda que tivesse mais pessoas usando a camiseta no público.
Os hits como “Elite”, “7 Words” e “Feiticeira” não faltaram. Chino desceu nas últimas músicas onde pudesse chegar perto dos fãs, mesmo com os seguranças não querendo deixar.
A próxima do palco principal era o Jane´s Addiction, banda que com certeza iria ter a atenção além dos seus fãs, também os do Faith no More, já que tiveram o auge na mesma época. Essa foi a primeira apresentação deles no Brasil, mesmo com mais de 20 anos de banda, então fizeram valer a pena. O palco tinha como pano de fundo bonito, trazia esses desenhos bem típicos do Dia dos Mortos comemorados no México.
Eis que entra Dave Navarro, Perry Farrel e banda. A felicidade estampada na cara de Farrel parecia de uma Miss vencedora, sem falar nos pulos e correria no palco, ele não parava quieto. Ainda usava uma roupa que renderam vários adjetivos, como Ney Matogrosso e Alladin! A medida que o show ia passando novas surpresas foram aparecendo, Farrel parava para beber vinho no gargalo fazendo pose, e logo na segunda música duas dançarinas entram no palco, hora vestidas, hora seminuas, dançavam, durante quase toda a apresentação.
Os pontos fortes foram músicas como “Ocean size”, The Mountain Song”, “Stop” e “Been Caught Stealing”. Fecharam o show com “Chip Away”, onde passistas e percusionistas da Nenê d Vila Matilde participaram com um batucão!
O único ponto fraco, mas ai vai depender do ponto de vista, é uma coisa que eu pessoalmente não gosto em show nenhum, quando uma música tem aquela parada no meio para improvisação, e que dura uma eternidade! Claro, quem estava na guitarra era Dave Navarro, impossível não prestar atenção na qualidade do música, mas pra mim chegava a ser maçante, até Farrel não tinha muito o que fazer e ficava correndo de um lado pra outro!
Assim que o Brothers of Brazil terminou o show no palco Myspace uma chuva forte começou a cair, o que fez que muita gente procurasse abrigo, ou pegasse a capa de chuva. Inclusive no palco começaram a cobrir todos os instrumentos. Isso fez com que o Faith no More atrasasse uns 20 minutos.
Eis que então a banda entra no palco, com Mike Patton no mais elegante traje vermelho, bengala e um guarda-chuva, não sei se ele improvisou por causa da chuva que caia! Começaram com “Reunited”, a balada soou estranho, começar assim em um clima tão tranquilo, mas logo na sequência veio “From Out of Nowhere” junto com gritos enlouquecidos e pulos dos fãs da banda! Daí pra frente o show ficava por conta de cada sucesso, junto com a performance maluca de Mike pulando e gritando, e acima de tudo mostrando seu poder de voz invejável, seja na música mais pesada com seus grunidos, até com o microfone dentro da boca, ou em baladas melódicas. Mike sempre falava com o público, e falava em português, assim como cantava na música “Evidence” e “Caralho Voador”; ainda tirava sarro, apontava pra ele e pra banda “Secos” e pro público “Molhados”. Disse que o Palmeiras era melhor que o São Paulo, e ainda tornou o “Porra, Caralho” quase um hino. Isso porque ele na primeira vez que falou “Porra, Caralho” soltou risos, mas depois ele repetia sem parar, desceu do palco, e levou o microfone pra galera repetir com ele, esquivando de um segurança e outro pra conseguir a proeza!
A banda tocou grandes hits como “Epic”, “Easy”, “Digging the Grave” e “We care a Lot” que faziam tremer o chão com os pulos da galera. Ainda fizeram dois bis, o que fez um monte de gente que estava indo embora depois do primeiro voltar correndo! Sendo assim o Faith no More fez a chuva virar um refresco para os corpos quentes de tanto pular e cantar, e Mike Patton e banda deram sua aula de rock! Nunca fui fã da banda, gostava sim, mas sai de lá pensando, Faith no More é foda!
Fotos oficiais do evento.
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