Resenha por Guilherme Góes. Fotos por Eduardo Da Costa.
A última semana de abril foi agitada para os “Punk Rockers” Paulistas de plantão. Em um espaço de poucos dias, rolou Thousands Oaks, Citizen e Me First and the Gimme Gimmes.
Estive na apresentação de sábado e conferi os shows das bandas Vista, Black Days e Citizen. Confesso que de todos esses nomes, só conhecia o último, mas este também é o ponto interessante de uma gig: conhecer bandas novas.
Citizen é uma banda formada em 2009 em Ohio/Michigan. Nos dois primeiros trabalhos (Young states e Youth), a banda apresentava um som hardcore/emo bem semelhante com outras bandas da época (Basement, Title Fight, Balance and Composure etc). Já no segundo disco full length (Everybody Is Going to Heaven), a banda apresentou um som com fortes influências shoegaze. Em 2017, lançaram o álbum As you please, com uma sonoridade mais pop, sendo bem aceito pela crítica.
O local escolhido para o show foi a Fabrique: galpão rústico localizado na Barra funda e já conhecido pelo público da cena underground paulista.
A banda Vistas foi a primeira da noite. O grupo de Santa Catarina apresentou um som totalmente diferente das outras bandas do line up, embora bastante interessante. A mistura de hardcore com gaita e flauta soava de forma bem experimental. Os destaques da apresentação foram os covers de “School” (Nirvana) e “Whole” (Basement).
Logo em seguida, o Black Days subiu ao palco da Fabrique. A banda é formada por ex-integrantes de outros grupos populares do underground paulista como Savant inc e Gloria. Com um pouco mais de público na casa, apresentaram uma performance energética ao som de músicas como “Lentamente”, “Meu lugar” e “Vida que segue”.
Com uma pontualidade impressionante, o Citizen subiu ao palco às 19:30hrs. Já com a casa lotada, a banda entrou destruindo tudo com a música “Roam the room”. As músicas “The Summer”, “Fever Days” e “In the Middle of It All” foram as escolhidas para o inicio do set, com a galera dançando, cantando e arriscando alguns stage dives. Após uma pequena pausa, o guitarrista Nick Hamm afirmou que a turnê na America Latina estava sendo especial, devido à ótima recepção do público. Seguiram com “The Night I Drove Alone”, que contou com lágrimas do vocalista Mat Kerekes no início da música. As músicas “Speaking With a Ghost”, “ Numb Yourself” e “Jet” também não ficaram de fora, com a platéia reagindo forte; cantando palavra por palavra de cada música. No bis, mandaram “Drown”, “Drawn out” e encerraram o show com a emblemática “How Does It Feel”.
O show foi bem curto. Suponho que o set durou um pouco menos de 45 minutos. Alem disso, faltou interação da banda para com o público. No entanto, o Citizen realizou uma apresentação incrível. Foi uma grande oportunidade assistir uma banda tão aclamada da “cena emo/alternative 2000s” .