Resenha por Guilherme Góes. Fotos por Eduardo Costa.
No último sábado (07/12), a Fabrique Club recebeu o Festival Festa. O evento fez parte da SIM SP (Semana Internacional de Música de São Paulo), e teve como principal iniciativa representar o rock independente na maior feira de negócios de música da região.
Como de costume em eventos da Powerline, o festival começou pontualmente no horário marcado, com a casa sendo aberta às 15hrs.
A primeira banda a se apresentar foi a Pütz. O grupo foi formado recentemente, mas conta com um line up de peso, sendo composto por figuras já conhecidas da cena, como: Cyro Sampaio (Menores atos) e Giovanna Zambianchi (compositora solo). Apresentando um som bem barulhento em um set curto com os singles “Eu sei” e “Vou cair”, o quarteto exibiu um estilo bem diferente em relação as novas tendências da cena hardcore.
Em seguida, uma das principais revelações do underground deste ano subiu ao palco do espaço. O Violet Soda vem ganhando cada vez mais atenção no cenário independente e realizou apresentações em aberturas para bandas de renome, além de ter participado em grandes festivais durante todo o ano de 2019. O grupo mostrou algumas de suas principais músicas, como: Tangerine, I’m Trying, Coffee e Candyman. O quarteto também destacou em primeira mão o novo single Charlie.
Ao término do Violet Soda, o Molho Negro já entrou agitando os presentes, abrindo o show com a música “Concurso” (composição que tem uma letra muito engraçada e cativante). Dando continuidade ao set, o grupo realizou uma apresentação digna de ser o head line da noite, com o vocalista João Léo interagindo o público, descendo para pista, participando do mosh e dançando com a galera entre as música “Pra quando essa moda passar”, “Mainstream” e “Rui Barbosa”.
Já com um maior número de presentes dentro do espaço, Chuva Negra seguiu com o festival. Após quase 9 meses fora de atividade, a banda fez a alegria de seus fãs fiéis em um set composto por nada mesmo do que 18 músicas! Infelizmente, o grupo não trouxe novidades, mas isso não desaminou os seus seguidores que cantaram a plenos pulmões as letras de canções como: “Olá, Vanguarda”, “Nós somos a lei” e “Dois quartos”.
Iniciando a etapa dos headlines, Zander iniciou o set já com a casa lotada. Com um repertório repleto de variações, o grupo carioca repaginou canções antigas como “Dialeto” e “Alto falantes”, emocionou o público com os singles “Bandida e Malvista” e “Bastião contra o nada” do álbum Flaymboant (2016) e mostrou versões alternativas das músicas “Dezesseis” e “Depois da enchente”, com participações dos músicos Cyro Sampaio e João Léo. Gabriel Zander agradeceu a força dos fãs ao longo de 2019 e afirmou que esse foi o ano mais intenso da história da banda, pois o quarteto realizou mais de 40 apresentações nos últimos 12 meses. O líder também mencionou que a banda irá lançar um novo álbum no próximo ano. Tradicionalmente, o show foi encerrado com as músicas “Até a próxima parada” e “Pólvora”
A responsabilidade de fechar a noite ficou por conta da banda Sugar Kane. O quinteto liderado pelo vocalista Alexandre Capilé destacou músicas que marcaram a adolescência de muitos dos presentes, como: “Medo”, “Velocidade” e “Janeiro”. Ao término do show, o ex guitarrista Rick Mastria foi convidado para participar nas canções “Despedida”, levando os fãs à loucura.
Grande noite! A parceira do SIM SP e Powerline foi uma grande iniciativa. O evento ofereceu shows das bandas que tocam em casa underground em um local com ótima infraestrutura. O Festival Festa foi a “festa da firma” para uma parcela do público hardcore paulista.
Confira a galeria de fotos por Eduardo Costa: