Foto por Eduardo Costa
Resenha por Guilherme Góes
O último dia do evento contou com o line up mais variado de todo o festival. Os shows começaram a rolar a partir das 14h30.
As garotas da Sapataria deram início ao último dia do festival no palco Side Stripe. Em sua primeira participação no Oxigênio, a banda apresentou ao público suas marcantes músicas com mensagens da comunidade LGBT, a exemplo de “Cartas aos pais”, “M.S.B” e “Tarde Demais”. Após um cover versão queer da canção “Quero ser punk com você”, do Gritando HC, o set foi encerrado com “As Lourdes”.
Foto por Eduardo Costa
Wiseman também marcou sua estreia no Oxigênio festival. Um dos grupos mais ativos da cena underground paulista apresentou músicas do elogiado álbum “Mind Blown” (2018) além de um som novo, chamado “Victim”.
Foto por Dayane Mello
Após um show de abertura para a cantora baiana Pitty na noite anterior no Audio Club, a banda Violet Soda fez um dos melhores shows do palco Side Stripe nesta edição do evento. O grupo liderado por Karen Dió destacou músicas do álbum “Tangerine” (2018), mas o set também contou com um cover da música “Meu lugar” (Miami Tiger) e exclusiva apresentação do novo single “I’m Trying”. Para encerrar com chave de ouro, Karen foi ao público para dividir o microfone com os fãs durante a música “Take me”.
Armada fez um show marcado pela grande interação do público. A banda formada por três ex-integrantes do Blind Pigs apresentou praticamente na íntegra as músicas de seu álbum de estreia “Bandeira Negra” (2018), com destaques para as músicas “Punk da Pedreira” (homenagem ao guitarrista Fabiano Andrade) e “1982”. O vocalista Henrike Baliú desceu para cantar juntos aos fãs as músicas “Fuzis e refrões”, “Sete de setembro” e “O Idiota” do seu antigo grupo.
Foto por Eduardo Costa
Após quase dois anos sem apresentações na cidade de São Paulo, a banda carioca Darvin fez todo mundo sair do chão com músicas que marcaram a adolescência daqueles que acompanhavam a extinta emissora MTV, reunindo um dos maiores públicos do evento no palco Side Stripe. Permitindo stage dives e participação dos fãs nos microfones, o grupo celebrou os 22 anos de carreira com um setlist repleto de clássicos como “Noite no Cais”, “Você”, “Duas e meia”, “Podia ser pior” e “Apague a luz”.
A tradicional banda paulista Cólera deu uma verdadeira aula de punk rock para o público. Embora o grupo tenha lançado recentemente o álbum “Acorde! Acorde! Acorde!”, apenas as músicas “Somos cromossomos” e “Hino” deste material estiveram presentes no setlist. A apresentação foi praticamente toda composta por velhos clássicos do quarteto pacifista, aqueles que todo mundo conhece: “Medo”, “Deixem a terra em paz”, “Minha mente” e “Pela paz em todo mundo”.
Foto por Eduardo Costa
Esteban foi responsável por acalmar o ânimo do público com seu show experimental. O ex integrante da banda Fresno passou por músicas dos álbuns “Eu, tu e o mundo” (2017) e “Adios Esteban” como: “Sétima maior”, “Sua canção” e “Primeiro Avião”, mas trouxe novidades com o single “Hoje”.
Foto por Dayane Mello
Com a pista completamente cheia, o grupo Strike encerrou as apresentações no palco Off the Wall. A banda mandou diversos clássicos que dominaram as paradas musicais e rádios na década passada, entre elas “Aquela história”, “No Veneno”, “Paraíso proibido” e “Teu olhar”. Um imprevisto, no entanto, prejudicou a banda: a energia elétrica do espaço Via Matarazzo caiu, encerrando de maneira repentina o set do quinteto mineiro.
Foto por Dayane Mello
Sem música, games e outras atrações interativas no espaço Off the Wall, o público migrou para o palco Side Stripe para acompanhar a performance matadora do Autoramas. A banda realizou um show com diversas músicas do novo álbum “Libido” (2018) como o single “No futuro” e a canção instrumental “Ding Dong”, além dos hits “Você sabe” e “Abstrai”. O grande destaque da apresentação foi a presença de palco da vocalista Flávia Couri, fazendo coreografias durante todo o set e descendo até pista para dançar com os fãs.
Foto por Eduardo Costa
Após o show do Autoramas, a eletricidade da casa caiu por completo, deixando a Via Matarazzo na escuridão total. A situação levou mais de uma hora para se normalizar no espaço do palco Side Stripe. As bandas Granada e Dibod até tocaram, mas a maioria do público já havia indo embora devido ao horário avançado. Restou ao headliner Francisco Del Hombre fazer um set desplugado na pista do espaço Off the Wall contando com a participação dos fãs que ainda restaram.
Foto por Dayane Mello
Apesar dos contratempos, a organização do Oxigênio festival foi excelente. O evento apresentou uma maturidade notável. Além disso, boa parte das bandas reforçaram mensagens cruciais sobre o difícil momento que estamos atravessando em nosso país, sem deixar a diversão de lado. Foi um grande final de semana, que deixou muitos momentos marcados nos presentes. Que venha a 7º edição em 2020!
Confira a galeria:
Fotos por Dayane Mello
Fotos por Eduardo Costa