.:Bandas
Supercordas (RJ), Quarto Negro (SP), Medialunas (RS) e Swervedriver (UK).
.:Local e data
01/05/2016 – CineJóia – São Paulo/SP
.:Resenha por
Eduardo Franco Zampolo
O ano era 1989, a cidade Oxford na Inglaterra, onde dois amigos ( Adam Franklin eJimmy Hartridge), resolvem montar uma banda.
Eis que surge o Swervedriver, sendo conduzido em sua influencia por bandas da época como Ride, Jesus And Mary Chain, My Bloody Valentine entre outras, foi-se criando uma identidade única.
A banda passou os anos 90 entre autos e baixos, sendo uma das principais apostas de sua gravadora (Creation Records) e mesmo assim sendo dispensado da mesma devido a problemas financeiros.
Eis que nesse carrossel de emoções, 27 anos após a sua criação, o Swervedriver veio pisar seus pedais em terras brasileiras, exclusivamente em São Paulo, no show produzido pela produtora paulista Balaclava Records, numa noite fria de domingo, combinando perfeitamente com o clima da festa.
Infelizmente perdi o show de abertura das bandas Medialunas e Quarto Negro, vendo apenas o final do show do Supercordas, banda psicodélica do Rio de Janeiro que aqueceu o ambiente antes da atração principal.
Depois de encontrar vários amigos emocionados com a ocasião, eis que após All Tomorrow’s Parties do Velvet Underground tocar nas caixas de som do recinto, sobem ao palco Adam Franklin,Jimmy Hartridge, Steve George e Mikey Jones.
Com pouquíssimas palavras iniciam com ‘Autodidact’, ‘For Seeking Heat’ e na sequência o clássico ‘Never Lose That Feeling’.
Mesclaram todos os lançamentos passando por ‘Sunset’, ‘For a Day Like Tomorrow’, ‘Lone Star’ e ‘Son of a Mustang Ford’.
Fecharam o bis com ‘Everso’, ‘Think I’m Gonna Feel Better’ de Glen Clark e encerrando com os clássicos ‘Last Train to Satansville’ e ‘Duel’.
O shoegaze a pequenos passos mostra o seu regresso, com bandas ícones do estilo voltando a tona.
Lush, My Bloody Valentine, Ride e Slowdive voltaram, sendo o Swervedriver a primeira dos panteões abusadores de fuzz e reverb a vir destilar seus acordes aqui para uma plateia atônita pelo que presenciava e ao mesmo tempo apaixonada.
Foi uma noite impar, em que todos saíram de alma lavada através de pedalboards barulhentos.