Confira uma entrevista exclusiva com Rodrigo, frontman do Dead Fish! Banda que dispensa apresentações, e a cada dia ganha mais espaço e reconhecimento! Por Thiago Montgomer (Thiagones)!
Thiagones: O início do “DEAD FISH” foi em 1990, to certo? Como foi o começo da banda, quem eram os integrantes, quando decidiram montar realmente uma banda?
Rodrigo: Foi exatamente em 1991, quando eu entrei que contamos que a banda existe, em 90 eu não era vocal, acho que por uns 3 meses. Éramos todos amigos da vizinhança que andavam de skate juntos e queriam fazer um som do que ouvíamos. Tinha uns 8 caras na banda.
Thiagones: O que você e o resto da banda na época ouviam e o que influenciou a fazer um som? Como foram os primeiros shows da banda, era set list de covers ou já tinha música própria? E como era a cena capixaba na época?
Rodrigo: Ouvíamos “7Seconds”, “Black Flag”, “Dead kennedys”, “Public Enemy”, algum rap dos anos 80/90, “Ratos de Porão”, “Fugazi”, “Wax”, “Dinosaur Jr”, “Dreadfull”. Tínhamos já duas músicas próprias eu acho, o resto eram coveres dos “7 Seconds”, “Misfits”, “Ramones”, “Bad brains” e “Dag nasty”. Os shows foram pra um publico de metal, existia um cenário metal razoável. Eles não gostavam muito da gente hehehehe… Mas era legal.
Thiagones: Ai lá por 1995 a banda acabou, queria que você falasse um pouco desse fim da banda, os motivos e o porquê de voltar?
Rodrigo: Em 95 eu, o Marcel e o Nô já estávamos no primeiro ano de faculdade ou segundo se não me engano, meu pai fazia hemodiálise e morreu no meio deste ano (1995) e me deu um puta desânimo, neste momento meu irmão que tocava baixo desencanou e eu também, queria levar a sério a faculdade e correr atrás de um emprego e talz… Mas ai passaram-se 10 meses e começamos a fazer um som na casa do Marcelinho irmão do Gustavo arroz que era nosso guitarrista até 95, e, papo vai papo vem eu estava numa banda chamada Pé do Lixo fazia uns meses, e resolvemos fazer um projetinho pra nos divertirmos que se chamava DOS (Destruir O Sistema) hehe nome lindo! Dai deu umas duas semanas o Nô me liga a noite e fala que a gente tinha que voltar com a banda que ele só pensava nisso e blá blá chamar os outros integrantes… E eu pensava exatamente o mesmo só que não externava a situação, ficava na minha, meu irmão tava entrando na Engenharia e não queria ficar botando coisa na cabeça dele…
Thiagones: Ai como que acharam os outros integrantes pra voltar de vez com o “DEAD FISH”?
Rodrigo: Um era o Murilo que era amigo do Marcelinho que era irmão do Arroz que tocava no DOS; – guitarrista competente novo cheio de gás -; o outro era o próprio Marcelinho que acabou ficando pouco na guitarra, e faltava um baixista, meu irmão não queria, e nossos amigos baixistas todos tinham banda.
Thiagones: E onde acharam o Alyand?
Rodrigo: A sim o negão… Ele um dia nos ligou numa tarde querendo fazer um teste; hehe nós até hoje damos muita risada disso, ele tocava muuuuuitto melhor que a gente, mas gostava do som, pirava na seriedade que a gente tinha com os lances de demos e tal.
Thiagones: Comparando a cena ate 1996,1997, que é quando o DEAD FISH começou a excursionar em outras cidades/estados com a cena hoje, o que melhorou e o que piorou?
Rodrigo: Eu acredito que tudo tecnicamente tenha melhorado infinitamente muito, em 1996 ter um cabeçote valvulado era coisa de nego que juntava todo dinheiro da vida e comprava por um preço absurdo ou era muito rico, hoje tem um monte de material nacional bom e valvulado sem falar que o gringo é mais em conta sem dúvida. A divulgação hoje em dia é mais fácil, negozinho hoje grava uma demo e coloca no myspace 3 dias depois da gravação ou até menos. Eu escrevia mais de 10 cartas por dia fora as sociais quando as demos do “DF” saiam hoje ce faz uma mala direta com um mp3 e deu. Mas o ruim é que se perdeu parte de envolvimento. A gente tinha um ritmo mais lento, mas se dava mais valor às coisas que vinham pelas cartas… Pode ser meio coisa de velho falar isso, mas perdeu-se um pouco da qualidade também, hoje se tem muito mais quantidade o que é meio óbvio com a tecnologia. Mas perdeu uma parte de se envolver com o cara que faz o zine, com o cara do selo ou da cidade que você se comunicava, as coisas se tornaram mais descartáveis individualmente falando, dava-se mais valor as coisas e respeitavam-se mais diferenças de estilo e de idéias.
Thiagones: Porque a mudança do inglês pro português?
Rodrigo: A gente sentiu necessidade de passar uma mensságem, sei lá, falar mesmo, dizer algo. Tudo bem, todo mundo hoje ,ou quase todo mundo, entende bastante inglês, mas era um desafio cantar punk rock com melodia em português, tenho amigos que acham horrível até hoje, mas eu gosto e acho que do meio dos anos 90 pra frente surgiram muitas e muitas bandas de HC melódico que mandavam bem cantando na nossa língua.
Thiagones: Entrevistei a pouco tempo o Gustavo Porto do “SAFARI HAMBURGUERS” , e ele falou que vocês colocaram sobre a volta do “SAFARI” no site de vocês e tudo, Qual a importância do “Safari” pra vocês ou pra você especificamente?
Rodrigo: Velho, este vinil quando eu comprei em Vitória, quando quase nada chegava, foi uma descoberta fora do normal, antes de ter “Garage Fuzz” eu ouvi os caras fazendo um som muito diferente do punk rock nacional até aquele momento, eu durante mais de 1 mês antes de comprar o vinil achava que a banda era gringa. Quando eu e alguns amigos vimos dentro do encarte à gente desacreditou que era uma banda daqui fazendo aquilo, este meu vinil foi furtado no fim dos anos 90 junto com um do “DE FALLA”, ele tinha a capa mais bonita de todas, cor de vinho com uma faixa com uma foto dentro era lindo.
Thiagones: Depois que a maioria das bandas passou a cantar em português algumas bandas legais que cantavam em inglês foram meio esquecidas e deixadas de lado. Inclusive o “Dead Fish” no “EP 2002” gravou uma musica do “DANCE OF DAYS” quando o Dance era em inglês e uma música do “PRIMAL TERAPHY” né, O que você acha desse “esquecimento” e que bandas vocês recomendariam e que não são lembradas hoje em dia?
Rodrigo: Eu não acho que foram esquecidas não, nunca senti um “nacionalismo” da parte do publico que ouvia HC, inclusive durante mais de um ano tocamos com bandas assim e nunca rolou nada. Não acredito que tenham caído no esquecimento. Talvez estivessem ficando velhos e meio que desistiram, e as que vinham; vinham mais em português.
Thiagones: Como que nasceu a 3° Mundo Produções Fonográficas. O Sirva-se foi lançado e distribuído pela Lona Records do ES né, ai como que vocês começaram a idealizar o selo?
Rodrigo: Um dos caras que incentivou a volta do DF foi o Cidinho com a Lona, mas em 99 queríamos fazer a gente mesmo um CD novo, tínhamos todos os canais de distribuição e então surgiu a 3º. Eu fundei e trampei nela até sair em 2001 quando os caras resolveram profissionalizar o bagulho, antes era o esquema de 99% dos selos. Um quarto grande cheio de CDS e um computador… Ah, ainda cartas às vezes.
Thiagones: Eu ouvi boatos que a 3° mundo ia voltar em 2003 ou 2004 nem lembro direito. Era verdade ou foram boatos, e o selo acabou mesmo de vez ou você ainda idealiza algum dia voltar com a 3° ou montar outro selo quem sabe?
Rodrigo: Eu não quero mais ter um selo como foi a 3º mundo, funcionou durante um tempo bem e acho que depois as coisas se degringolaram com lance de impostos e crises. A 3° mundo hoje estaria não muito bem das pernas como boa parte dos selos, eu queria fazer um lance de editora de livros com formato pra internet, mas eu sempre penso que tudo vai dar errado então fico meio na minha com projetos destes. A banda ainda paga a dívida que a terceiro mundo contraiu em 3 anos de profissionalismo.
Thiagones: Cara, vocês lançaram o “A-OK”, “NOÇÃO DE NADA”, “SUGAR KANE”, bandas que vingaram e tão ai até hoje, mas tem uma banda que eu nunca consegui ouvir um som, o “UNDERTOWN”, acho que é esse o nome, queria saber onde tem som deles, se a banda ainda existe e como conheceram essa banda??
Rodrigo: O som você baixa na net mesmo. O “UNDERTOWN” era uma banda de amigos de Vix, o arroz era da banda. Tem gente que diz que foi o pior lançamento da 3º mundo de todos os tempos, eu não acho, eu fiquei bem orgulhoso de ter lançado os caras que eu tocava junto e que acreditava bastante. Eu tenho um CD meu aqui, tenho um exemplar de cada lançamento da 3º mundo, este eu tenho especial orgulho.
Thiagones: E o “Projeto Peixe Morto”, o que foi realmente, eu sei que a musica “Another Beer” era do Dead Fish, antigona né, mas o “PPM” era uma brincadeira, ou eram restos de composições?
Rodrigo: Era uma zona que a gente sempre arrumava antes dos ensaios. Uma bela bosta aquilo hehehe. Foram dois ensaios e algumas duas horas de estúdio e bum… Pronto.
Thiagones: Quem gravou o CD do PPM e porque os codinomes tipo RUBÃO?
Rodrigo: Rubão, o dono do mundo né velho… Porra, a gente sentia vergonha daquela bosta, dai inventamos codinomes e levamos uns 4 anos pra assumir que era a gente ali.
Thiagones: Quando vocês gravaram o CD ao vivo, eu lembro que a pretensão era lançar em DVD também, porque não rolou? E tem chance desse material sair algum dia?
Rodrigo: A gente quer lançar algo, mas não temos mais previsão pra isso. Queríamos com 15 não sabemos se vamos fazer 20, com 16 eu não quero hehehe.
Thiagones: Agora o que eu sempre quis saber, saída dos 2 integrantes, Quem saiu primeiro foi o Giulliano certo?
Rodrigo: Sim.
Thiagones: Tem várias histórias de treta com ele, e sei lá mais o que, o que rolou de verdade? E sobre a música “Iceberg” é verdade que você odeia a música e a chama de “música negativa” porque foi composta pelo Giulliano?
Rodrigo: Tiveram algumas confusões sim, e foram bem escrotas, mas já passou tem muitos anos e ficar olhando pra trás não é muito do meu feitio… A música Iceberg agora é uma música positiva eu acredito foi exorcizada legal no decorrer dos anos.
Thiagones: E sobre a saída do Murilo, como que foi e quais os Motivos? A e sobre as composições do DF nessa época, quem fazia as letras e músicas?
Rodrigo: O Murilo saiu por motivos totalmente diferentes, e sempre naquele tempo era eu que fazia as letras, com algumas exceções…
Thiagones: Sem Murilo/Giulliano você pensou ou tentou acabar com a banda? O que rolou nesse meio tempo entre a parada do DF e a “nova volta”?
Rodrigo: Quando o Giuliano saiu no “Afasia” eu não queria sair nem acabar com a banda, quando o Murilo saiu da banda eu queria sair antes eu acho, estava meio de saco cheio queria ver outras coisas fora da música.
Thiagones: Ai como foi a escolha dos novos integrantes, e foi muito difícil convencer o Phill a sair de BH ? hehehe
Rodrigo: Nem foi difícil, ele já tinha feito alguns roles conosco e tinha sido legal, tinha dado “liga”, e o Hospede praticamente estava na banda quando ela acabou por meses, já era meio um membro.
Thiagones: Eu lembro de uma entrevista de vocês em 1999 que disseram que só aceitariam uma gravadora, se não tivessem que se sujeitar, e que seria do jeito que vocês quisessem; é assim com a DeckDisck? E no que ter um suporte de uma gravadora maior ajuda no som da banda?
Rodrigo: Sim, foi exatamente assim que rolou, claro que não foi tudo como queríamos, nós queríamos como era na “3° mundo”, mas isso era impossível, mas sonoramente ninguém nunca tocou no que desejávamos, e acho que nem era esta a idéia da Deck quando entrou em contato conosco. Eu acho que tecnicamente a Deck nos ajudou muito gravando dois CDS com o que gostaríamos de ter dentro de um estúdio, opções técnicas saca? Eles têm uma distribuição menos específica o que sempre achamos bom, apesar de eu achar que no mercado que estávamos eles nunca tiveram um bom alcance.
Thiagones: O disco “Zero e Um” na MINHA opinião tem uma sonoridade que lembra muitas vezes “REFFER”, você também acha isso , fala um pouco também sobre como foi o processo de gravação desse disco..
Rodrigo: Eu acho que não tem muito a ver com o “REFFER” tirando o Phil e alguns timbres de guitarra dele e a voz… Este foi o CD mais rapidamente composto e gravado do “Dead Fish”, tivemos um mês pra terminar 17 composições e mais 1 mês pra gravar, foi um parto rápido que me agradou bastante, estávamos muito no pique, muitas coisas novas rolando, mas foi bem caótico também, o que a meu ver foi bom e não ruim. Os dois garotos novos deram muito de si e aprendemos muito com eles e acho que eles conosco, acho que em 1 mês gravando, morando junto e convivendo todo dia soubemos como seria o futuro dali pra frente, quem era quem e talz…
Thiagones: Tenho que te perguntar, não tem como escapar, O que você acha de toda essa Moda Emo , como ouvi o Nô dizer POPCORE, tem alguma banda que você destacaria como bacana, tanto gringa como nacional?
Rodrigo: Eu não sei muito bem sobre isso não, acho que sou muito mais velho, fica um pouco mais complicado de entender, as coisas aconteceram muito rápido. O Emo que vendem por ai hoje é diferente do que eu cheguei a ouvir no passado, pra mim Emo era “MINERAL”, “SUNNY DAY REAL ESTATE” estas coisas, que sinceramente não achava ruim. Hoje a coisa parece mais com uma estética pessoal e não tanto com música, já vi bandas com ritmos e batidas completamente diferentes chamadas de Emo, sinceramente não me agrada este tipo de som, mas não me agrada também o tipo de perseguição e comentários que os guris andam tendo que agüentar, eu acho conservador e estranho esta grita toda que estes guris são idiotas e burros e chorões, a música não é estática, claro nem sempre é boa todo mundo sabe disso, mas eu já ouvi barbaridade demais, algumas com até um certo humor mas outras bem, ao meu ver, conservadoras, me parece que estes garotos de franja vão acabar com o mundo destas pessoas que vão comer a tua comida ou que vão roubar o dinheiro destas, eu acho que tudo é um ciclo tudo passa, ondas e mais ondas, então se não me agrada também não vou ficar chutando ninguém caído saca? Por mim foda-se, já passamos por alguns “momenttuns” na música mundial e estamos ai.
Thiagones: Como o som do “Dead Fish” cabe dentro dessa moda toda, ou ta fora, tipo, quem gosta de “EMO.”, “NX ZERO” também gosta de “Dead Fish” , a pergunta é nesse sentido.
Rodrigo: Se os garotos gostam da minha banda, por mim, lindo, ótimo. Não tenho este tipo de conceito que quero gente de terno ou de moicano no meu show, eu toco música e música é pra todo mundo, temos nossa “escola” e isso já é bastante limitante. Ficar comprando conceito e preconceito que passa na TV é meio burro a meu ver, sou da América Latina e isso já me basta o resto é o resto.
Thiagones: Antes o “Underground/Alternativo” não tinha espaço nenhum na mídia, agora ta saturado, você liga na MTV e só tem banda “Alternativa” ou banda que tenta parecer “Alternativa”, ate onde essa superexposição do alternativo que rola atualmente é bacana ou banaliza um pouco?
Rodrigo: Não acho ruim, acho que a forma que às vezes é vendido o negócio é meio “norótico” e acaba “norotizando” todo mundo, todo mundo tem que ter o seu espaço e isso já acontece hoje em dia, vai chegar o dia que o alternativo vai ser tão mainstream e ou vice-versa. Os tempos são outros, miséria a parte, agora você pode ouvir o que quiser, quando quiser, ninguém te impõe nada como era a 7 ou 8 anos, se você não quer ouvir rádio, vai ter uma TV de música, não quer ver TV, vai ver na internet, se não quer ver na internet vai num bar da esquina ver uma banda ao vivo, existem muitas Alternativas, hehehehe Olha a palavra ai, ou seja, a alternativa não é mais tão vanguarda elitista como era e o mainstream não é mais tão estúpido, burro e massificado como era.
Thiagones: Sobre o Disco novo “Um Homem Só”, é um disco temático né? Na minha compreensão sobre o CD, é que fala sobre política, to certo? Sobre o que fala o disco “Um Homem Só”?
Rodrigo: Sobre você e somente você, é isso. Thiagones – Esse disco é o mais diferente de todos os já lançados, ta bem mais puxado pra um rock pesado do que pra Hardcore vamos dizer assim. Por que essa mudança? Foi algo natural ou vocês tentaram experimentar sonoridades, melodias, coisas novas?
Rodrigo: Eu sinceramente queria algo que fosse diferente mesmo do que já fazíamos, que fosse diferente do “Zero e um”, que me desse novas formas de compor, me fizesse pensar diferente, eu achei um CD difícil de fazer porque foi muito mais musical do que imaginava e isso é um pouco complicado pra mim como vocalista semi-analfabeto musical, mas foi uma puta experiência legal.
Thiagones: Em 2007 vai rolar “Pexe Morto” nas Europa é vero? Qual a data exata da tour, em que países vocês vão tocar? Quem conseguiu os contatos, com que bandas vão tocar por lá? Lugares pequenos ou são casas grandes como vocês tocam aqui?
Rodrigo: Sim sim, finalmente demorou muito, mas rolou, vamos agora em Fevereiro de 2007 e vamos tocar em lugares pequenos e médios como fazemos aqui também, alguns festivais grandes em palcos menores vão rolar também. Os contatos são nossos, os de sempre temos vários amigos que já foram e tem contatos também, juntamos tudo e fizemos uma tour. As bandas? Eu acho que vamos tocar com muitas bandas mesmo, como a tour é mais embasada na Alemanha imagino que sejam mais bandas alemãs que vão tocar conosco.
Thiagones: Vocês ja abriram shows do “ALL”, “PENNYWISE”, “BAD RELIGION”, “MILLENCOLIN” etc. Qual foi o mais emocionante pra você?
Rodrigo: Pra mim o do “BAD RELIGION” foi o mais de tirar o fôlego, mas tocar com o “ALL” foi também de cair o queixo afinal de contas ali estavam os criadores da porra toda.
Thiagones: E qual banda tinha os integrantes mais malas?
Rodrigo: Sem dúvida o “SHELTER”, mas mais por causa do Ray Cappo.
Thiagones: E como foi essa Treta que rolou com o “SHELTER”?
Rodrigo: Cara isso já faz tanto tempo que nem me lembro mais direito, eu sei que foi uma briga meio feia que rachou o ônibus onde estávamos em duas alas.
Thiagones: E pra terminar, planos futuros pro “DEAD FISH”, mais shows, tours ? e eu ouvi você dizer em alguma entrevista que em mais 3 anos pretende largar a música como que é essa história?
Rodrigo: Eu não costumo fazer planos nem pra minha vida pessoal, mas ultimamente tenho pensado em fazer umas coisas como mais tour fora, queria que rolasse um DVD legal sobre nossos 16 ou 17 ou 20 anos. Largar a música eu não sei, nunca consegui até já tentei, mas eu quero fazer outras coisas eu acho, não sei bem ainda, mas acredito que a música não vá sair de mim tão cedo.
Thiagones: Valeuzão a interview brodeer
Rodrigo: Um grande abraço!