A casa de show do Rio de Janeiro, Circo Voador, avisa:
Circo Voador e D+3 apresentam:
THE BRAVERY
Dia 24 de novembro, sexta
Depois da histórica apresentação do Franz Ferdinand no Circo em fevereiro, do experimental Tortoise e das fofíssimas irmãs do Cocorosie, o Circo Voador e a produtora D+3 promovem, novamente, um show que promete entrar pra memória do Rio. Direto de Nova Iorque, The Bravery chega com seu rock eletrônico e new wave, baseado no punk. Confuso?Sam, o vocalista, explica que só pretendia fazer um som diferente. O resultado, segundo a consagrada Rolling Stone, são “canções obscuras, dançáveis e simultaneamente cativantes”. Pois dia 24 de novembro, sábado, toda essa mistureba vai estar ao alcance dos ouvidos, corações e mentes de quem estiver passando pela cidade!
O QG da banda, formada por Simon Endicott (voz/guitarra), Michael Zakarin (guitarra), Mike H (baixo), John Conway (teclados) e Anthony Burulcich (bateria),fica na esquina da Mott com a Broome, nos arredores do bairro de Chinatown, em Nova York. Entrando por uma porta grafitada, depois de subir degraus podres e passar por fabriquetas clandestinas, você achará o lugar. Foi lá que The Bravery passou dois anos planejando suas operações, trabalhando obsessivamente e, ocasionalmente, se aventurando pela cidade para testar os resultados.
A primeira apresentação do quinteto foi na boate The Stinger, no Brooklyn, em 2003. Doze meses depois, o nome da banda já podia ser lido em todo o Lower East Side novaioquino, em comemoração ao show lotado no Arlene Grocery, em Stanton. A esta altura, The Bravery já tinha mostrado a que veio, burilado seu som até chegar na equação garage-electro-dark.
“Demos esse nome à banda porque esse era meu estado mental quando compus as canções que gravamos”, explica Sam. “Na minha idade, todo mundo quer saber que rumo vai tomar na vida. Todos se depreciam e acham que não chegarão a lugar algum. O pessoal se afoga nesses pensamentos e eu já estava cheio disso. Eu não queria ser assim”, desabafa. “O nome também tem ligação com a Nova York dos tempos atuais. As pessoas vivem esperando que aconteça alguma desgraça. Eu compus essas músicas e formei essa banda para garantir que não seria tomado por essa sensação de medo. Nossa banda tem esse clima, o da cabeça erguida, sem sentir medo”, completa Sam.
Sam cresceu em Maryland, subúrbio do distrito de Columbia, muito influenciado pelo intenso cenário do pós-punk. Costumava assistir a bandas como Fugazi e Jawbox, e ficava muito impressionado com a proposta do ’faça-você-mesmo’. Rapidamente, adotou a mesma filosofia em sua vida, passando-a para o The Bravery. Eles cuidam de tudo na banda: da música, da arte dos discos, dos vídeos, etc e etc. Sabem o que querem e como querem.”Eu não gosto de música feita para as massas”, admite Sam. “Quando ouço rádio ou assisto a MTV, acho que 99% do que vejo tem som de ar-condicionado ou de secador de cabelo. De vez em quando, aparece uma coisa que deixa a gente eletrizado. Quando eu era pequeno, havia Nirvana e Jane’s Addiction. Estas bandas enriquecem a nossa cultura, não há motivo para termos expectativas mais baixas.”
Uma característica que intriga alguns no som do The Bravery é o uso da música eletrônica, já que as bandas preferidas do quinteto se utilizam de guitarras punk. Sam não sabe matar essa charada, mas a explicação talvez esteja no fato do The Bravery estar sempre buscando um som diferente do que rola por aí. As circunstâncias nas quais eles gravaram o álbum (a maior parte no quarto de Sam, usando microfones da Radio Shack e um velho iMac), e o fato de John Conway, melhor amigo de Sam, ser totalmente obcecado por teclados analógicos, também têm a ver com a sonoridade única do quinteto.
No repertório, músicas de seu primeiro e único álbum, homônimo, como “Unconditional”, “No Brakes”, “Out of Line” e “The Ring Song”.
SERVIÇO:
The Bravery
Data: 24 de novembro, sábado
Horário: a partir das 22 h
Preço:R$ 80. estudantes pagam meia
Censura: 16 anos!