.: Festival
Fire Hardcore
.:Bandas
No More Lies, Autônomos, O Inimigo , Rancore, Dance of Days, Garage Fuzz, Boom Boom Kid, Medellin e Dead Fish
.: Local e data
Espaço Victory, São Paulo – 18/09/2011
O anúncio desse festival me causou surpresa, a quanto tempo não acontecia um festival que reunisse os grandes nomes da nata do hardcore nacional? Os últimos grandes festivais que vem acontecendo vem com bandas de apelo mais comercial, e o Fire Hardcore Festival veio para eliminar essa saudade.
O festival trouxe 10 bandas. No More Lies, Autônomos, O Inimigo e o Rancore foram as primeiras a tocar, cheguei quando o Dance of Days subia ao palco. Com o Espaço Victory parcialmente cheio, a casa da Zona Leste de São Paulo abrigou confortavelmente o público, que já cantava alto, do peso aos hits do Dance. Com animação e visível felicidade, Nene Altro e banda mostravam maturidade, e um ar de renovação da banda. Agitaram muito! E em alguns intervalos Nene discursava algum tema, como a falta de amor a música de muitas bandas novas, que começam com aquele pensamento de “rock star”.
Em seguida sobe o Garage Fuzz, com sua maestria, faz o bom e velho show do Garage. Músicas executadas com perfeição, Sesper sempre empolgado, trazendo a emoção de suas músicas. Com o setlist misto entre novas e antigas músicas, fez o público gritar a cada primeiro riff.
Era a hora do Boom Boom Kid subir ao palco. A única banda internacional (Argentina), não seria a banda principal da noite, mas com certeza trouxe seus fãs. A banda do “ex-cantante” do Fun People não é muito inovadora de um show para outro, dos 4 ou 5 shows que já vi, nada muito diferente, mas mesmo assim, não foi menos empolgante. Nekro como sempre empolgadíssimo, pulou, rodou, dançou, surfou na galera, tudo que um bom show do BBK tem que ter. E mesmo que nos shows as músicas sejam executadas muito rápidas, fazendo que você tenha que prestar um pouco de atenção pra saber que música era, a galera cantava alto! Principalmente hits como “Feliz” e “Jenny”. No fim do show Nekro pediu pra subirem no palco, depois de um desentendimento do público/Nekro com os seguranças, algumas pessoas subiram para fechar o show!
Confira no fim da página, um vídeo do Nekro surfando na galera ao som de “Wasabi”. Segue uma foto do setlist do show:
Depois de um show malabarístico com fogo, pra dar o calor que o nome do festival trazia, sobe no palco o Medellin.
Não sei se a escolha de ser a penúltima banda era muito certa, já que mesmo que traga Badauí do CPM22 e Hospede (ex-Dead Fish), a banda é relativamente nova e não é tão popular como as principais do festival. Mas muita gente cantava suas músicas e curtia o show. A banda mostrou muita presença e peso!
Para fechar o Dead Fish sobe no palco. Rodrigo entra com uma camera instalada na cabeça, que mais tarde passou para o guitarrista Phillipe. E é ai que a gente percebe porque a banda era o headline do festival. Não que fosse uma competição, mas o show dos caras era o mais animado, desde o palco ao público. Rodrigo mostrava empolgação, e trazia para todo mundo o clima de um bom e velho show de harcore. Músicas de todas as épocas foram tocadas, desde clássicos como “Molotov” até “Contra todos” que dá nome ao último álbum, que fechou o show.
Sai de lá com um ar de quero mais. Mas não quero só mais um festival, quero voltar a ver uma cena viva. Tudo bem que meu lado nostálgico traz a tona festivais com bandas que nem existem mais. Mas tem muita banda que dá pra apostar hoje, não é a maioria, mas há esperança!
.:Galeria de fotos
Por Fábio Martiniano (Besouro)
Boom Boom Kid – “Wasabi”
Por Thiagones e Kaio Ramone